segunda-feira, 5 de julho de 2010

Disputa barra transporte na lei de clima em SP

Repórter Diário - 03/07/10


(Antes desta reportagem quero expressar o meu repúdio para o transporte coletivo que temos na Cidade Tiradentes, são microônibus lentos e altamente poluidores. Em todos os ítens não merecemos este tipo de transporte e espero que nestas próximas eleições estejamos atentos aos candidatos que podem ocasionar esta mudança, afinal queremos ser transportados dignamente.

Uma briga interna no governo estadual acabou fazendo com que a regulamentação da Política Estadual de Mudanças Climáticas praticamente ignorasse o tema transporte para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em São Paulo. O Estado tem desde o ano passado a meta de cortar em 20% as emissões de CO2 até 2020, em relação aos níveis do ano de 2005.


Segundo a reportagem apurou, inicialmente o decreto contava com seis páginas relacionadas a transporte sustentável. Mas a Secretaria de Estado dos Transportes ficou contrariada pelo fato de o documento ser feito pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente.


No fim das contas, o texto final do decreto apresentou somente três artigos que se referem a questões de transporte. E o que sobrou no decreto também não parece trazer resultados muito práticos. Um deles é bastante genérico: "O transporte sustentável no Estado de São Paulo deverá priorizar investimentos que visem o aumento da participação de transportes ferroviário, hidroviário, cicloviário e dutoviário em relação ao transporte rodoviário."


Outro é muito específico e proíbe o Poder Público de realizar leilão de veículos apreendidos com idade superior a 20 anos, para evitar o retorno à circulação desses carros que são mais poluentes. O terceiro artigo diz que a administração pública estadual fará esforços para reduzir progressivamente o consumo de óleo diesel na aquisição de novas frotas. O decreto estabelece que a fixação de metas setoriais - para indústria e transporte, por exemplo - deverá ocorrer até abril de 2011.

Lixo

Uma lacuna observada por especialistas é a falta de metas na lei de clima para captar os gases de aterros sanitários no Estado. A ação já é feita nos aterros Bandeirantes e São João, da capital paulista, em que o metano é transformado em energia elétrica. Na opinião do climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na "questão do processamento do lixo, no curto prazo há que recuperar o metano dos aterros e gerar energia". "No médio prazo, o próprio conceito de lixo tem de ser modificado, com máxima reciclagem e diminuição dos volumes", afirmou. (AE)

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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?