quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Grupo OPNI recebe Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura, na categoria Territórios Culturais


Coletivo utiliza graffiti como ferramenta de ressignificação territorial na periferia.

Na noite desta segunda-feira (24), em cerimônia realizada no Theatro São Pedro, o Grupo OPNI recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura 2014, na categoria Territórios Culturais. Concedida pelo voto popular, a premiação reconheceu a importância da Galeria a Céu Aberto, projeto idealizado pelo coletivo de grafiteiros, que acontece desde 2009, na Vila Flávia e espalha arte e resistência pelos muros do bairro, tendo por objetivo principal, a ressignificação de um território marcado pela violência e exclusão social. Atualmente, a Galeria a Céu Aberto exibe um percurso com mais de 200 intervenções, realizadas por artistas de diversos países.
Além de colorir as vielas, o projeto também beneficia crianças e adolescentes do bairro. Muitos se inspiram nos desenhos vistos de suas janelas e adquirem interesse pela arte. Para auxiliar no desenvolvimento do talento desse público, o Grupo OPNI oferece oficinas gratuitas de iniciação ao graffiti, que são ministradas pelos próprios integrantes, na ONG São Mateus em Movimento. Para mais informações sobre este e outros projetos, acessewww.grupoopni.com.br.
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Sobre o Grupo OPNI – formado na década de 90, inicialmente, o Grupo OPNI era composto por cerca de vinte jovens moradores do bairro de São Mateus, na periferia de São Paulo que se reuniram com um ideal em comum: expressar por meio de arte, a realidade do dia a dia que os tornava invisíveis, para oportunidades e alvo para compor estereótipos. Tal intenção é refletida na sigla que dá nome ao grupo, que já significou Objetos Pixadores Não Identificados, Os Policiais Nos Incomodam e Os Prezados Nada Importantes. Atualmente, o coletivo não pretere definições, significando um grito de guerra pessoal que representa a periferia.  
Parafraseando o poeta, a vida imita a arte e de 1997 pra cá, muita coisa mudou, inclusive, os caminhos trilhados por estes jovens. Alguns abandonaram as atividades artísticas porque encontraram novas opções profissionais ou por influência da família, outros por motivo de força maior, ou mesmo porque foram presos. Apesar dos contratempos, o Grupo OPNI manteve a resistência, e o objetivo inicial permanece vivo, sendo atualmente representado por Toddy e Val, integrantes remanescentes da formação original.
Tendo como inspiração a comunidade onde cresceram e a forte influência da cultura afro brasileira, os traços desenvolvidos pelo Grupo OPNI revelam um olhar periférico e artivista, que passeia por temas variados construindo uma poética visual igualmente bela e impactante.
Durante a trajetória de 17 anos, o Grupo OPNI realizou trabalhos expressivos como a participação na 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art no MUBE, (2010); interpretação dos painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, no encerramento da exposição realizada em São Paulo, que homenageou o artista, (2012); foi contemplado na categoria Melhor Grupo de Graffiti, do 1° Prêmio Mundo da Rua, (2012); representou a arte urbana brasileira, na 45° edição do New Orleans Jazz & Heritage Festival”, nos Estados Unidos (2014), entre outros. O coletivo de grafiteiros também é conhecido por desenvolver trabalhos para diversos artistas da cena atual de musica independente, como Racionais MC’s, Criolo, MV Bill, Dexter, Consciência Humana e De Menos Crime. No cenário esportivo, desenvolveu painéis para a exposição A Vila Como Ela é (2010), desenvolveu painéis para o lançamento do segundo uniforme do Santos Futebol Clube, em ação comemorativa dos 102 anos do clube (2014), e customizou o tênis do astro americano de basquete, Kobe Bryant, (2012). No cinema e TV Nacional, desenvolveu painéis e participou de intervenções artísticas para os filmes Cidade dos Homens, Quanto Vale ou é Por Quilo, e para o seriado Antônia. Desenvolveu o cenário do programa Manos e Minas (TV Cultura) e vinhetas para diversos programas da MTV. Também já realizou ações comerciais, para marcas como Nike, Revista Rolling Stone e Revista Raça.
Atualmente, o Grupo OPNI compõe a ONG São Matheus em Movimento, que fundada em 2008 em parceria com diversos coletivos locais, é a maior articuladora cultural da região, oferecendo, além de apoio para os artistas, cursos e oficinas gratuitos de diferentes linguagens, para crianças e adolescentes. O coletivo de grafiteiros também é responsável por diversos projetos que são realizados na Vila Flávia, mas que também dialogam com comunidades periféricas de todo o Brasil, ente eles, Galeria a Céu Aberto, Esse Graffiti Vai Dar Samba, Quadro Negro, Favela Jazz, Os Muros tem Vida e a Revista Manifestação.
Galeria a Céu Aberto: OPNI CoMvida – fruto do projeto Favela Graffitada começou a ser desenvolvida em 2009 e está localizada no bairro Vila Flavia – no distrito de São Mateus, zona leste de São Paulo. Tem como objetivo principal, grafitar todos os muros, casas e vielas locais, transformando a comunidade em uma galeria de arte urbana.
A curadoria é realizada pelo próprio grupo OPNI, que além graffitis autorais, faz questão de imprimir no projeto, participações de artistas que são referência nacional, como Does, Schok, Finok, Ise, Jhoao Henr, Miau, Zefix, Onesto, Bonga, Binho, Gueto, Etron, Nove, Chivitz, Minhau, Arlin, Haigraff, Graphes, Nitros, Tika, Anarkia, Combo, Bobe, Trampo, Lidhia, Vejam, Rizo e Kajaman, entre outros. Alguns nomes internacionais também já deixaram sua arte estampada na Galeria a Céu Aberto, entre eles, Shalak (Canadá), Shonis (Argentina), Aspi (Argentina), Ayslap (Chile), Baster (Chile), Sato (Espanha), Beli (Bélgica), Atsuo (Japão) e Joel (USA). Atualmente, a galeria conta com um percurso com mais de 200 intervenções urbanas.
Outros Projetos
Esse Graffiti Vai Dar Samba – em parceria com tradicionais comunidades do samba, o Grupo OPNI desenvolve intervenções artísticas inspiradas nas produções musicais que retratam o cotidiano periférico, suas alegrias, tristezas e potencialidades. Entre os trabalhos realizados, destacam-se: “Berço do Samba de São Mateus”, “Comunidade Toca da Onça”, “Samba da Maria Cursi”, “Tia Cida”, “Quinteto em Branco e Preto”, “Pagode da 27” e “Samba da Vela”.
 Quadro Negro – possui como foco a disseminação de histórias a partir da reflexão sobre o universo da cultura negra e sua utilização como forma de resistência. A base de pesquisa são os temas atuais, ou mesmo assuntos tidos como dogmas, que em sua maioria, estão inseridos de forma velada na sociedade. Partindo deste ponto, o Grupo OPNI desenvolve intervenções artísticas de grande proporção (em média 40m²). Atualmente, o projeto conta com uma coluna mensal de nome homônimo, na revista Raça Brasil. O projeto também reúne homenagens para vários ícones da cultura, como, Grande Otelo, Luiz Gonzaga, Nelson Mandela, entre outros.
Favela Jazz – idealizado em 2014, para uma intervenção que representou a arte urbana brasileira, na 45° edição do New Orleans Jazz & Heritage Festival, maior festival de jazz do mundo que acontece anualmente nos Estados Unidos, o projeto realiza apresentações artísticas que mesclam graffiti, música e conhecimento.
A proposta é criar um ambiente com live painting no qual aconteçam intervenções poéticas, que tem como ponto de partida, o Jazz e outras manifestações culturais oriundas de Nova Orleans, tais como o “Mardi Grass Indians” e o “Funeral With Music”. O Favela Jazz propõe ao público uma reflexão sobre essa mesma ancestralidade, que cruzou o Atlântico, originando no Brasil o samba, a capoeira, o jongo, entre outros.
Os Muros tem Vida – é desenvolvido nas regiões metropolitanas. Por meio de grandes painéis, objetiva transformar o espaço e provocar reflexões no público que o visita. Atualmente, um dos principais painéis do projeto está localizado na Avenida 23 de Maio, em São Paulo.
Revista Manifestação – publicação do segmento de arte, contendo três edições especiais que promoveram o intercambio de ideias entre artistas de todo o Brasil, sobre graffiti, poesia, e reflexões políticas. 

Município busca parceiro privado para construir centro de serviços na Cidade Tiradentes


Edital de alienação com encargos de terreno de 632 mil m² da Cohab na Cidade Tiradentes será publicado para consulta pública nesta terça (24). Objetivo é levar entre 3.000 a 4.000 empregos para região que só conta com 0,1% das ofertas de trabalho




A Prefeitura de São Paulo lançará para consulta pública nesta quarta-feira (24) o edital de alienação com encargos de um terreno de 632 mil m² na Cidade Tiradentes, na zona leste, que pertence à Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). O objetivo é que parceiros privados apresentem projetos, adquiram a área e construam o primeiro centro comercial e de serviços da região, com potencial para gerar entre 3.000 a 4.000 novos postos de trabalho.


O prefeito Fernando Haddad já havia anunciado a medida em visita ao bairro no fim da janeiro. “Cidade Tiradentes é quase um bairro dormitório. O número de empregos por habitantes é muito baixo. Para piorar, os serviços privados e públicos, praticamente, são inexistentes. Isso impacta, e muito, a qualidade de vida do lugar, porque as pessoas têm de se deslocar para ter acesso ao que todos têm em seus bairros”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.


O bairro do extremo leste conta com uma população superior a 220 mil pessoas, mas concentra apenas 0,1% das ofertas de empregos da cidade de São Paulo, ou pouco mais de 4.500 postos de trabalho. Cidade Tiradentes também tem déficit de serviços, não contando, por exemplo, com uma agência da Previdência Social e a sede da subprefeitura estar localizada fora de seu território e operando dentro de um supermercado.


“Essa gleba está se inserindo dentro dos princípios do Plano Diretor, que é a geração de empregos na periferia. Equilíbrio entre moradias, serviços e comércio. Ou seja, buscar harmonia dentro dos bairros e dos bairros entre si para que a questão da mobilidade seja mais bem equacionada”, disse o prefeito.

Mesmo com a venda do terreno, além da manutenção do Centro Educacional Unificado (CEU) no local e a preservação ambiental de um terço da área, parte do terreno será destinada uma nova sede da administração regional e o parceiro será obrigado a seguir as orientações municipais. A área corresponde a cerca de 40% do Parque Ibirapuera, na zona sul.


“Com isso, você constitui ali uma centralidade de bairro e em um terminal do futuro monotrilho, onde chegará a última estação. É exatamente ali. Ganha uma sinergia grande de serviços públicos, privados, área comercial em um lugar só. O futuro da Cidade Tiradentes vai mudar muito com isso e para melhor”, afirmou o prefeito.


O preço estimado do terreno é de R$ 73 milhões, que serão utilizados pela Cohab para construir novas unidades habitacionais em outras regiões da cidade. Desde a década de 1970, a Prefeitura já construiu mais de 40 mil moradias em Cidade Tiradentes, mas os serviços e oportunidades ainda são escassos, levando os moradores a percorrerem longas distâncias.


“A nossa orientação é a de tentar levar serviços e empregos para a região e não construir habitações, já que a Cohab construiu lá 40 mil unidades. Não tinha mais porquê avançar nisso. Não pode ter uma cidade de 250 mil habitantes que não tem uma loja ou um banco”, disse o presidente da Cohab, João Abukater Neto.



Edital



O edital estará disponível para consulta pública por cerca de 30 dias. Após essa data, a Comissão Permanente de Licitação (Copel) irá se reunir e decidir os ajustes que devem ser feitos para a publicação da versão final do edital. Com a publicação final, empresas e particulares interessados devem entrar em contato com a Copel.


Os interessados em participar poderão apresentar sugestões, críticas ou opiniões enviando e-mail, devidamente identificado, por meio do endereço eletrônico copel@cohab.sp.gov.br. As empresas ou consórcios podem efetuar protocolo no setor de Licitações da Cohab-SP – Copel na rua Líbero Badaró, 504, 24º andar, sala 243-A.


Participaram do anúncio, além do prefeito Fernando Haddad e o presidente da Cohab, os secretários municipais José Floriano de Azevedo Marques Neto (Habitação) e Chico Macena (Governo).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pré-Carnaval leva 300 mil às ruas com 115 blocos desfilando pela cidade

Pré-Carnaval leva 300 mil às ruas com 115 blocos desfilando pela cidade



No sábado e no domingo, a saída dos blocos se deu conforme o planejado na programação, com índice de trânsito dentro do previsto e poucas ocorrências médicas. Algumas empresas tiveram material apreendido e serão multadas

Cerca de 320 mil foliões foram para as ruas para acompanhar os 115 blocos que desfilaram pelas vias da cidade no fim de semana que antecedeu o Carnaval. As festas têm sido monitoradas por uma Central de Operações, que reúne representantes de 14 secretarias municipais e da Polícia Militar. Grande parte dos blocos saiu conforme programação acordada com a Prefeitura e encerrou os desfiles dentro do horário previsto. Os organizadores foram comunicados de que os desfiles deveriam acontecer somente até as 22h, com a dispersão no máximo até meia-noite.

"Todas as estimativas que fizemos dos blocos vêm sendo notoriamente superadas. As pessoas aderiram ao Carnaval de Rua, aos blocos. Nós não tivemos problemas significativos de limpeza, de saúde, na área de segurança. No geral as coisas ocorreram muito bem, mas sempre um ou outro ajuste é importante observar", afirmou nesta segunda-feira (9) a vice-prefeita Nádia Campeão.

Para acompanhar os blocos, a Prefeitura disponibilizou cerca de 150 agentes para fazer a fiscalização nas ruas, primordialmente em relação a ambulantes, cumprimento da Lei Cidade Limpa e ao fechamento de bares após a 1h. A Guarda Civil Metropolitana e a Companhia de Engenharia de Tráfego também mobilizaram agentes para o acompanhamento dos blocos por toda a capital.

A dispersão e a limpeza das vias da Vila Madalena, que devido à quantidade excessiva de resíduos e à enorme concentração de pessoas no bairro foi atrasada na madrugada de domingo, na madrugada desta segunda-feira (9) ocorreu sem atrasos significativos. Às 1h15 a equipe de limpeza já estava atuando no local.

"Tudo aquilo que a Prefeitura se comprometeu a fazer para que existisse uma possibilidade das pessoas pularem o Carnaval, mas também respeitarem os moradores e a vizinhança, foi feito. Tudo isso funcionou. Mas precisamos também da colaboração das pessoas. Utilizar os banheiros químicos, por exemplo. Isso é muito importante e nós vamos carregar essa mensagem para o próximo fim de semana de Carnaval, para as pessoas usarem os banheiros químicos que têm", afirmou Nádia.

Notificação

A Prefeitura de São Paulo notificará três blocos que desfilaram neste fim de semana e que não ofereceram a infraestrutura obrigatória prevista no decreto municipal que regulamenta o Carnaval de Rua de 2015 na cidade. Os blocos Bangalafumenga e Sargento Pimenta, que desfilaram no sábado (8) na Avenida João VI, em Pinheiros, deixaram de recolher 64 toneladas de lixo, posteriormente recolhido pela Amlurb. O bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que desfilou no domingo (8) na região central, não disponibilizou banheiros químicos ao longo de seu trajeto nem realizou a limpeza das vias. Para minimizar os transtornos dos foliões e munícipes, a Prefeitura entrou nas duas frentes de trabalho. Outros blocos devem ser notificados caso tenham descumprido o Decreto.

De acordo com o Decreto 55.878, de 30 de janeiro no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, e com as reuniões realizadas entre representantes das subprefeituras e os organizadores dos blocos, aqueles que tivessem patrocínio privado no Carnaval teriam de providenciar e se responsabilizar por sua própria estrutura, provendo banheiros químicos, segurança e limpeza, além de eventuais encargos, como taxas que devem ser pagas à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para a realização de bloqueios.

Lei Cidade Limpa

Ao longo do fim de semana, infrações foram registradas em diversas regiões da cidade, especialmente na região central, Pinheiros e Vila Madalena. Algumas empresas tiveram ainda material apreendido. Elas têm se utilizado indevidamente dos blocos e espaços públicos, exibindo suas marcas em fantasias publicitárias (“homens-lata”), carrinhos de bebida, isopores, blimps(bolas gigantes), brindes, trios elétricos, estandartes e até caminhões e jipes. As maiores infratoras foram Ambev (Skol), Aperol, Olla e Ana Capri. No final de semana anterior (31/1 e 1/2), as empresas já haviam sido autuadas. Apenas a Ambev recebeu uma multa de R$ 230 mil. O valor das multas deste pré-Carnaval está sendo contabilizado para o envio às empresas.

Por meio de um edital aberto e público para selecionar empresas parceiras do Carnaval de Rua, a Prefeitura de São Paulo deu oportunidade às marcas de serem apoiadoras oficiais. Como resultado deste edital, a única empresa apta a apresentar ativações nas ruas da cidade durante o Carnaval é a Caixa Econômica Federal. Foliões que identificarem irregularidades podem acionar a Prefeitura por meio da Subprefeitura da sua região ou enviar fotos com o endereço em que foi flagrada a irregularidade para o e-mail carnavalderua@prefeitura.sp.gov.br.

A Prefeitura de São Paulo, por meio das Subprefeituras, mantém a fiscalização de cumprimento da Lei Cidade Limpa durante o Carnaval de Rua 2015, especialmente com relação à ativação irregular de marcas publicitárias. Durante todo o fim de semana a atuação foi intensa e assim permanecerá também durante o feriado de Carnaval.

Banheiros químicos

Durante todo o período de desfiles dos blocos de rua, a Prefeitura disponibilizará aproximadamente 6.000 diárias de banheiros químicos - número superior em mais de 10 vezes ao que foi provido no ano passado. No sábado (7), foram colocados à disposição dos foliões 567 banheiros químicos por toda cidade. No domingo (8), foram 465. Ao longo do dia, são realizadas duas sucções e uma limpeza em cada um dos banheiros químicos.

PSIU

Para fazer cumprir a lei, as Subprefeituras atuaram em conjunto com a PM e Guarda Civil Metropolitana, principalmente nas regiões da subprefeitura Sé e Pinheiros onde se concentraram a maioria dos blocos. Uma base foi montada na Rua Mourato Coelho, próximo à Rua Inácio Pereira da Rocha, na Vila Madalena. Agentes percorreram as principais vias dos bairros para coibir irregularidades em relação a carros estacionados nas vias, com alto falante.

Houve uma ocorrência registrada por conta de um carro estacionado entre as ruas Fradique Coutinho e Aspicuelta, que recebeu multa de R$ 1.000 por excesso de barulho, além de multa da CET por estacionar em local proibido. No domingo, houve outras duas ocorrências do gênero, registradas uma na Avenida Francisco Morato e outra em um posto na Rua Luis Murat.

Limpeza

A Prefeitura destacou 800 funcionários e 50 carros-pipa para a limpeza das vias públicas de toda a capital após a passagem dos blocos. Entre sexta-feira (6) e domingo (8), as subprefeituras de Pinheiros/Vila Madalena, Sé e Lapa - as três que concentraram o maior número de blocos -, tiveram 192,9 toneladas de lixo recolhidas. Na Sé fora 25,9 toneladas recolhidas, na Lapa 47 toneladas e na Pinheiros/Vila Madalena, 120 toneladas. Vale destacar que a água utilizada para a limpeza é 100% proveniente de reuso.

Saúde

Além das ambulâncias do SAMU, a Prefeitura contratou outras 19 ambulâncias, que se dividiram entre sábado e domingo, para atender aos locais de maior aglomeração de público. Em todo o fim de semana foram realizados 31 atendimentos, com apenas 5 remoções, para o Hospital das Clínicas e a para a Santa Casa de Misericórdia.

Apreensões

Nos dois dias de desfiles 150 agentes de fiscalização trabalhando na cidade para coibir o comércio irregular e fazer valer a lei Cidade Limpa. De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, mais de 2.500 itens de mercadorias irregulares foram recolhidos nas vias públicas, próximo aos locais de desfiles dos blocos carnavalescos na região da Vila Madalena e na Sé.








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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Saúde divulga balanço de dengue e chikungunya na cidade




No primeiro balanço deste ano realizado pela Secretaria Municipal da Saúde sobre a situação da dengue, os dados provisórios apontam que o município registrou, até 3ª semana epidemiológica (4 de janeiro a 24 de janeiro), 1.304 notificações da doença. Destas, 120 casos autóctones já foram confirmados. No mesmo período do ano passado, foram 495 notificações e 45 casos confirmados autóctones. Já para a febre chikungunya, neste ano, não há registro de casos autóctones ou importados na cidade.



Diante destes dados preliminares, a administração municipal estima que, nesse ritmo, a cidade pode enfrentar uma situação crítica em 2015, com até 90 mil casos de dengue. Para reverter este cenário, a participação e engajamento de toda população é uma prioridade. No ano passado, o Estado de São Paulo registrou 193.636 casos. Na capital, em 2014, foram registrados 28.995 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano.



Entre as hipóteses levantadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para o aumento dos casos neste ano estão as altas temperaturas e o acúmulo de água limpa sem proteção, devido a crise de abastecimento dos últimos meses. Por isso, a Prefeitura reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo. Os paulistanos devem se atentar à necessidade de ação individual preventiva para eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti. A visita de equipes é programada com base no mapeamento de pontos críticos, a partir dos casos confirmados. E uso de nebulização pesada (“fumacê”) só ocorre em última instância, emergencial, e funciona para eliminar mosquitos, sem efeito prático na eliminação de criadouros.



É importante esclarecer que a dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente à chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso pode ser um criadouro. “A dengue tem esta tendência de repiques a cada dois ou três anos. O município registrou 5.866 casos em 2010, nos anos seguintes houve uma redução e, em 2014, o estado de São Paulo registrou um aumento da dengue, também pela própria natureza da evolução do mosquito e do próprio vírus”, explica a médica e coordenadora da Covisa, Wilma Morimoto. É importante a população estar atenta aos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, que transmite não apenas a dengue como também a febre de Chikungunya. Os sintomas são parecidos: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar. Porém, no caso da febre de Chikungunya, as dores nas articulações podem durar mais de seis meses.



A Secretaria Municipal de Saúde adotou, desde o ano passado, duas novas estratégias para o combate às doenças. A portaria 2.286/2014 estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. A Secretaria criou ainda comitês locais de prevenção nas subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo.



Como prevenir:

- Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
- Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva;
- Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
- Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
- Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
- Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
- Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;
- Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou “Operação Cata-Bagulho”;
- Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge; ponha água só na terra.



Mais informações para a Imprensa:

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Secretaria Municipal da Saúde

(11) 3397-2368 / 2370/ 2371 / 2372/ 2373/ 2374/ 2375 / 2595

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