quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cidade Tiradentes diz não ao Monotrilho

Coluna do Vieirinha

CIDADE TIRADENTES DIZ NÃO AO MONOTRILHO

O que é um monotrilho? É um ônibus parecido com um trem em cima de uma ferrovia constituída por um único trilho, diferentes das ferrovias tradicionais que possuem dois trilhos paralelos.

Como funciona? O Monotrilho circula sobre uma viga de cimento, de 70X1.30, com pneus. As vigas ficam sobre pilastras com até 15 metros de altura, e colunas com 30 metros de extensão uma da outra. Não há tabuleiro, pois entre as vigas o espaço é vago.

Como foi projetado o Monotrilho? Foi Projetado para ligar a região do Oratório até a Cidade Tiradentes, a partir de 2014.

Como Surgiu a idéia desse monotrilho para nossa região? Surgiu a partir do momento em que o Kassab, e sua comitiva fizeram uma viagem ao Japão e a Europa, ficou encantado com o bondinho da Disney. Com a chegada da copa do mundo, achou que seria o ideal para resolver o problema de transporte de massa em São Paulo.
E esse monotrilho não é bom? Claro que não, olha só, esse monotrilho com uma extensão de 24 km é um verdadeiro minhocão dentro da zona leste. Um crime paisagístico, Eles falam que embaixo vai compensar com plantio de árvores mais até essas arvores crescerem os espaços deverão se transformar em verdadeiros lixões, ai vocês podem Imaginar a beleza que vai ser e o que vai acontecer.

Quantos carros compõem um trem de monotrilho? Segundo os técnicos e representantes do metrô o monotrilho terá 90 metros de comprimento, não temos certeza mais algumas informações é que serão 06 carros e terá 72 pneus, e não sabemos de quanto em quanto tempo serão trocados esses pneus.

Quantos passageiros podem ser transportados? Segundo os representantes da Cia do Metrô, e do governo municipal Sr. Marcos Kassab, afirmam que o monotrilho tem capacidade para transportar até 48.000 passageiros no horário de pico hora/sentido. Urbanistas, Arquitetos, Sindicalistas, refugam esses dados. E dizem que a capacidade do monotrilho é para 17.000 passageiros no horário de pico hora/sentido, portanto o monotrilho já nasce saturado.

Corre o Risco de Acidente? Claro que sim, toda maquina é possível de pane, e provocar acidente, principalmente quando a manutenção não é perfeita, veja o que vem acontecendo no Metrô, sempre apresenta defeito, colocando em risco a vida dos passageiros.

Em caso de Quebra como será a retirada dos passageiros? O preço da passagem com certeza não da direito ao kit pára-quedas, todos terão que descer de uma altura de 15 metros, na base de cada um prá si, e salve-se quem puder.

O que piora? Para o comercio imaginamos que será uma grande perda, pois as estações serão muito distantes umas das outras com isso a viagem feita por pedestres irão diminuir.


A Paisagem fica afetada? Claro que sim. Será um verdadeiro minhocão um pouco mais magro do que aquele conhecido da avenida São João. E que pode ser transformado em verdadeiro cartão postal da miséria em nossa região, tanto por cima, um enorme viaduto sustentado por baixo por enormes colunas de concreto e espaços vazios que podem se transformar em parque de diversão do diabo

Privacidade -  Com 24,5km de extensão e 12 metros de altura o monotrilho causará um impacto de privacidade sobre as residências neste trecho.

Onde o monotrilho vai passar? O projeto é que seja no meio das Avenidas Anhaia Mello, Sapopemba, Largo de São Mateus, Estrada do Iguatemi, Avenida Ragueb Choffi, Rua Marcio Beck Machado, e Avenida dos Metalúrgicos até o Hospital Cidade Tiradentes.

Pode atingir minha casa? Claro que sim, se você olhar bem lá na Anhaia Mello a Avenida é larga, não precisa mexer com a casa de ninguém, mais é inevitável. Haverá desapropriações nas áreas onde serão construídas as estações e os canteiros de obras.

Eles vão indenizar? Isso é o que todo mundo espera, a questão é: Quem pode dar essa resposta é o governo Kassab/Alckmim. Por isso as pessoas que acham que corre o risco de perder sua casa já têm que começar a correr atrás,  não deixar para última hora.  E olha que nesse trecho todo tem algumas casas ou comercio que vale um bom dinheiro, e com certeza eles não pagarão o que vale.

O que fazer para receber um preço justo pelo imóvel? Caso você tenha certeza que seu imóvel seja atingido, é interessante que você procure saber de outras pessoas que estejam nas mesmas condições se unirem, e abrir um processo coletivo. Enquanto durar o processo eles não poderão tirar ninguém. E em contra partida receber uma indenização melhor, é questão de sair na frente, negociar e correr atrás antes que o prejuízo seja pior, sendo obrigado a aceitar o valor determinado por eles.

Os imóveis que Ficarem irão desvalorizar? Acreditamos que sim, os imóveis perderão valor em função dos impactos que já citamos..

Se fosse o metrô qual era diferença? É que o metrô onde chega valoriza a região e traz o desenvolvimento. Só para lembrar a inauguração da estação de Vila Prudente, os imóveis daquela região valorizaram 40%. O monotrilho por tudo que já citamos, concluímos que haverá desvalorização o metrô seria enterrado sem causar os impactos já citado.















Controverso, monotrilho recebe as primeiras vigas na zona leste



Link desta foto: http://metroemdestaque.blogspot.com.br/2012/07/as-obras-do-monotrilho-seguem-na-zona.html

Moradores acompanham operação das varandas de apartamentos e temem ser vistos na piscina


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/14088-controverso-monotrilho-recebe-as-primeiras-vigas-na-zona-leste.shtml


A aposta em monotrilhos, um tipo de trem sobre pneus em vias elevadas ainda pode render anos de controvérsia em São Paulo. Mas um dos principais mistérios desse transporte está mais perto do fim: seu impacto visual.


Com 30 m de comprimento (comparáveis a sete carros em fila) e 70 t cada, as vigas foram instaladas por dois guindastes a uma altura de 15 m. Uma operação delicada, acompanhada pela cúpula do Metrô e por alguns moradores com vista 'privilegiada' das varandas de seus apartamentos.


As vigas estão a menos de 30 m da janela da psicóloga Francisca Maria da Paixão, 40, que fez questão de testemunhar a colocação da estrutura.


"Além de interferir na visão, tem o barulho. É invasivo. Quem estiver no monotrilho verá a piscina do condomínio."


Além do impacto visual, os opositores questionam os custos de construção e manutenção e a capacidade de atender à demanda superior a 40 mil passageiros/hora na região


Nos próximos seis meses, 450 vigas serão instaladas sobre 107 pilares só nesse primeiro trecho 64 já estão nas vias.

"Pode ser um pouco estranho no início. Mas não é um minhocão, já dá para notar a diferença.”


“A resistência inicial foi grande porque ninguém sabia como seria", diz Paulo Sérgio Meca, gerente do empreendimento no Metrô.


Para ele, a aparência será melhor no final das obras. "Não vai formar um viaduto fechado, tem penetração de água e luz. E vamos arborizar. A vegetação vai esconder um pouco a estrutura", diz.






As obras do primeiro trecho começaram em 2010 e devem terminar no final de 2013. Com 2,9 km, ele liga as estações Vila Prudente e Oratório.


O restante da obra, estimada em R$ 2,8 bilhões, ainda depende de licenças. O segundo trecho (Oratório/São Mateus, de 10 km) é previsto para 2014. O último (São Mateus/Cidade Tiradentes, de 11 km), em 2016.


O monotrilho será implantado principalmente no canteiro central de avenidas como Anhaia Mello, Sapopemba, Ragueb Chohfi, Metalúrgicos e Estrada do Iguatemi.
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O Estado alega que a qualidade será semelhante à do metrô (com velocidade máxima de 80 km/h, sem poluir e com baixo ruído), com a vantagem da implantação mais rápida. Diz que ele será diferenciado, com mais trens do que em outros lugares do mundo. E que, por isso, conseguirá transportar tanta gente.

O monotrilho, suspenso por vigas, custa 50% menos em relação ao metrô subterrâneo. O custo total do monotrilho da Linha Verde é de R$ 5 bilhões.



Ciclovia sob o Monotrilho.
Monotrilho terá ciclovia
O monotrilho que está sendo construído na zona leste de São Paulo traz uma pontinha de esperança em relação a um futuro mais sustentável para a cidade. O Metrô de São Paulo, responsável pela operação, decidiu incorporar uma ciclovia ao projeto em toda a extensão da linha.
A idéia, que não fazia parte do projeto inicial, surgiu de uma demanda da população e acabou sendo incluída na lista de exigências ambientais para o licenciamento da obra. Os 24 km que estão sendo construídos prevêem também o plantio de árvores que devem integrar o processo de reurbanização das avenidas por sobre as quais o monotrilho deverá passar.


Monotrilho fracassou em Dubai, Las Vegas e Johannesburgo
Pesquisador da USP diz que sistema só funciona para conexão com aeroportos ou em parques de diversão.
São Paulo - Os monotrilhos só geram prejuízo nas cidades onde foram construídos, segundo o pesquisador Adalberto Maluf Filho, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP),


Leia matéria em : http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/monotrilho-fracassou-em-dubai-las-vegas-e-johannesburgo


O Monotrilho que não saiu em Poços de Caldas.


http://www.rdvetc.com/2011/o-monotrilho-que-nao-saiu/


Seria esta a solução?


Ainda pergunto se o trajeto do Monotrilho na Cidade Tiradentes é interessante, já que teremos o Parque Linear Nascente do Aricanduva.


Parque Natural Cabeceiras do Aricanduva - Estr. do Iguatemi / Estr. do Palanque / Estr. Saturnino Pereira


http://www.agenda2012.com.br/cidade-sustentavel/metas/51/50-novos-parques-urbanos-naturais-e-lineares

Ao chegar a estação Erico Semer o Monotrilho entraria no Parque Linear atendendo a região Jardim Palanque e dos Gráficos desceria até o terminal da Av. dos Metalúrgicos, no Pronto Atendimento Glória, Hospital Cidade Tiradentes, e sairia pelo traçado do projeto original, pela rua Rua Marcio Beck Machado.




Hoje este monotrilho entrará pela Márcio Beck Machado como está em verde e sairá pelo mesmo local. Nossa sugestão está em vermelho entrando para o Jardim Palanque indo até o Hospital e seguindo em frente como no trajeto original.

Sem a necessidade de haver um terminal em frente ao Hospital cujo terreno está destinado a construção da Vila Olímpica. Prometida e lançada a pedra fundamental em frente ao hospital pelo prefeito Kassab, dentre outros políticos com a presença da jogadora de basquete Magic Paula. Este projeto foi para o espaço?


Veja trecho da matéria do jornal Folha de São Paulo de 06/08/2008.


"Tucanos em campanha”


Ao lado de tucanos, Kassab anuncia projeto e faz campanha na zona leste.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u430363.shtml


A apresentação do projeto --com direito a maquete-- foi feita com pompa ao lado de expoentes do PSDB, como os vereadores Adolfo Quintas e Dalton Silvano, os subprefeitos de Cidade Tiradentes, Renato Barreiros, e de Itaquera, Laerte de Lima Teixeira, além dos secretários de Esporte, Walter Feldman, e de Coordenação e Parceria, Ricardo Montoro.


Adolfo e os subprefeitos seguiram com Kassab para o corpo-a-corpo com os eleitores da região. Entre todos, o mais empolgado era Barreiros, que distribuía panfletos do prefeito e pedia votos. "Nós precisamos do seu voto", dizia ele."


Veja matéria completa digitando o link acima.


Portanto palpites serão aceitos, temos que escolher o que é melhor para a Cidade Tiradentes.


Por que não trazer o trem que está a apenas 3.5 km de distância?





Veja no mapa como é perto trazer o metrô até o terminal Cidade Tiradentes através da linha existente a partir da estação Gianetti.

Cidade Tiradentes. O Pior transporte Público de São Paulo.

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A cidade de São Paulo tem uma população de mais de 10 milhões de habitantes. Se incluirmos os municípios vizinhos, chegaremos a quase 17 milhões de pessoas. Na região metropolitana, cerca de 55% das viagens motorizadas são feitas em transporte coletivo, num total de 6 milhões de passageiros transportados por dia útil.
Para atender a essa demanda, todas as linhas de ônibus são operadas por empresas privadas, sob a gestão da São Paulo Transporte S.A. - SPTrans. O sistema é operado por 16 consórcios, formados por empresas e cooperativas, responsáveis pela operação de 15 mil veículos em mais de 1.300 linhas.
Além dos coletivos sob a gestão da SPTrans, a cidade de São Paulo é servida pela Companhia do Metropolitano e pela CPTM, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, controladas pelo Governo Estadual, que transportam juntas cerca de 3,5 milhões de passageiros/dia.
Para ligar São Paulo às demais regiões da cidade, o sistema metropolitano de ônibus, sob responsabilidade da EMTU, também subordinado ao Governo Estadual, que oferece uma extensa rede de linhas operadas por empresas privadas, um corredor intermunicipal em faixa segregada com linhas-tronco de ônibus a diesel e trólebus, além de um serviço rodoviário especial, que atende ao Aeroporto Internacional.
É importante que haja aceleração na condução de políticas de transporte, uma cidade como São Paulo não pode seus munícipes ficar refém de uma política só para automóveis hoje dia 15/06/2012 foi registrado na cidade 180 Km de congestionamento isso porque a CET só reconhece como medição as avenidas do centro expandido e algumas regiões da zona sul. Não validando assim o transito intenso e carregado da saturada Avenida Ragueb Chohfi e Estrada do Pêssego.

Carlos Vieira
Setorial de transporte 




No inicio dos anos 80 iniciou-se a formação do bairro com a chegada dos primeiros moradores. O grande desafio era como as pessoas se deslocariam, pois o governo da época não estava preocupado de que forma as pessoas iriam se locomover, como seria a acessibilidade aos equipamentos públicos como escolas, creches, postos de saúde, etc.
O único meio de transporte existente eram os caminhões de mudança, e uma única linha de ônibus saindo da Cidade Tiradentes até a baixada do Glicério.
Com a chegada da CMTC. A população passou a ter outras opções para o deslocamento diário.
Foto trem de Guaianases até Cidade Tiradentes(COHAB)

Hoje com uma população estimada pela média de 400.000 mil habitantes, a locomoção da maioria das pessoas são feitas por viagens motorizadas e em transporte coletivo, numa estimativa de 30.000 passageiros transportados por dia.
Apesar das obras do Monotrilho, e das promessas do governo Kassab em melhoria na circulação dos ônibus, os usuários do transporte público da Cidade Tiradentes continuam enfrentando inúmeros problemas para se locomover.
A superlotação nos Ônibus, Metrô e Trens são constantes. Os usuários se apertam para embarcar ao seu destino enfrentando com isso, longos períodos de desconforto.

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Link da foto: Metrô de São Paulo: as razões do caos


O PSDB de São Paulo, ao longo dos 20 anos de seu governo nunca se preocupou em investir em transporte de alta capacidade para a região. Certamente com a chegada da copa do mundo a luta por metrô até a Cidade Tiradentes foi suprimida.

FOTO: MONOTRILHO DE OSAKA JAPÃO

Apresentou-se o monotrilho, Cidade Tiradentes a Vila Prudente, vendendo a idéia para os paulistanos que isso é Metrô extensão da linha 02, colocado para os moradores como a solução definitiva de transporte de massa e locomoção.

Vamos deixar bem claro, monotrilho não é metrô. É um ônibus parecido com um trem em cima de uma ferrovia constituída por um único trilho, diferentes das ferrovias tradicionais que possuem dois trilhos paralelos.
FOTO: divulgação.

Se observarmos, que o traçado da linha 02 verde além de não atender a demanda também provoca a exclusão dos passageiros que atualmente usam a linha 03 vermelha. Com isso passa a idéia de assegurar a qualquer custo, a mobilidade dos turistas e torcedores que irão participar dos jogos da copa do mundo.

A militância do Partido dos trabalhadores através do setorial de transporte se organizou,  fez o debate com o governo do Estado, em diversas audiências públicas e conseguiu uma vitória importante, que foi a modificação do projeto original, a capacidade de transportar passageiros que era de 17.000 passageiros p/h sentido, não atendia a demanda. Com os debates o projeto original foi melhorado e ampliaram a capacidade
 para 40.000 passageiros p/h sentido. Anunciou também a construção de barreiras acústicas, melhoria da acessibilidade com a inclusão de elevador e rampa de acesso, construção e implantação de ciclovias em toda extensão do monotrilho.
Considerando que a região está totalmente adensada, o viário saturado, é que precisamos construir alternativas que melhorem a mobilidade da nossa população.

Av. Ragueb Chohfi, Avenida dos Metalúrgicos, Nascer do Sol, Souza Ramos, José Higino Neves, Miguel Achiole da Fonseca, Inácio Monteiro, Luis Mateus e Estrada da Passagem Funda, todas com trânsito saturado.

Para atender a demanda atual, defendemos a implantação de carros com maior capacidade de transportar passageiros, e a construção de corredores segregados.
As linhas existentes hoje são operadas por empresas privadas, sob a gestão da São Paulo Transporte S.A. - Sptrans.
O sistema é operado pelo consórcio, leste IV e Transcooper, sistema de cooperativa, responsáveis pela operação das linhas existentes.

                           PROPOSTAS DO SETORIAL DO DZ CID. TIRADENTES:
Na tentativa de equacionar o mais breve possível à questão da mobilidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem em nossa região é que o setorial de transporte do DZ Cidade Tiradentes apresenta o diagnostico dos problemas com transporte e viário, e entregamos ao Sr. Fernando Haddad para apreciação e possível inclusão no programa de governo.

DAS PROPOSTAS na área de transporte.
a) Construção de um viaduto ligando a Avenida Inácio Monteiro, com a Avenida Luis Mateus, dando fluidez ao trânsito daquela região.
b) Construir ciclovias e faixas compartilhadas, em grandes avenidas e nos bairros onde passam o  monotrilho.
c) Ampliar e fortalecer o beneficio do bilhete único para toda região metropolitana.
d) Construir corredores de ônibus segregados, com semáforo inteligente. 
e) Criar plano de metas para a implantação da frota ecológica.
d) Duplicação da Avenida Ragueb Chohffi.
f) Implantação do trem de Guaianases até a Cidade Tiradentes. (Extensão)
g) Instalar em todos os carros sobre pneus o ar condicionado para conforto dos usuários.


Veja a Cidade Tiradentes no Google Maps  em:



Governo de SP obtém financiamento com BNDES para Metrô e Monotrilho.


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SÃO PAULO, 20 Jun (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo de São Paulo assinaram contratos para financiamento de 1,47 bilhão de reais que serão destinados à expansão da Linha 2-Verde do metrô, por meio do monotrilho, e modernização e reconstrução de estações da Linha 8-Diamante do trem.


O contrato de financiamento de 922 milhões de reais prevê a expansão da Linha 2 - Verde no sentido leste, ligando a estação Vila Prudente à estação Hospital Cidade Tiradentes por meio do sistema monotrilho. Serão acrescentados 24,5 quilômetros à rede do metrô por meio do sistema monotrilho em vias elevadas.


Já o contrato da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no montante de 550 milhões de reais, será destinado à modernização e reconstrução de 13 das 20 estações da Linha 8 - Diamante, no trecho entre as estações Júlio Prestes e Itapevi, informou o BNDES.


(Por Anna Flávia Rochas)


http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/06/20/governo-de-sp-obtem-financiamento-com-bndes-para-metro-trem.jhtm



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Habitação em Cidade Tiradentes



O déficit em habitação é muito grande no país, inclusive em São Paulo.

O déficit habitacional real para famílias que saem de áreas de risco na cidade de São Paulo é hoje de 130 mil moradias, segundo publicado pela Câmara Municipal de São Paulo.
Para 2024, estima-se um déficit de 610 mil novas moradias para as famílias que surgirão até este período, cuja renda deverá ser inferior a três salários mínimos.
Ao longo do tempo desde 1982 explodiu as ocupações, com o Movimento de Moradia ocupando muitas áreas. O governo começou a negociar, mas foi difícil, uma luta muito grande que acompanhei na Fazenda da Juta, Itaim Paulista, Burgo Paulista, etc...

Além de moradia na cidade, no campo também os sem terra, nas fazendas reivindicações e o direito de plantar, de colher. – “Eu não quero ir pra cidade grande, quero ficar aqui na roça, mas quero ter o direito de ter a minha terra”.
O que tem acontecido muito em São Paulo, é que foi crescendo, inchando, que não tinha onde botar mais o povo.

Então eles podiam fazer melhorias numa classe média alta com poder aquisitivo maiores, e foi empurrando o povo para o fundão.

Quando o governo do Mário Covas, do Maluf , trouxe as famílias para cá naquela época, eles esqueceram que tinha que ter uma estrutura maior, não era só chegar e colocar as pessoas aqui num bairro dormitório, e largar ao Deus dará.

E por conta dos baixos salários, desempregos, as famílias não agüentavam pagar aluguel nos bairros melhores, e foram todas empurradas pro fundão, exprimidos para cá. Tiravam as pessoas dos baixos dos viadutos, de áreas de risco, de calamidades e de favelas e jogavam todos aqui.

Mas esqueceram das coisas que eram mais necessárias para cá, como escolas, saúde, transporte, saneamento. Foi criando aquela coisa absurda na Cidade Tiradentes, onde muitas famílias se desfizeram, foram destruídas pela situação.
 

Os primeiros prédios em foto de Milton Roberto

Essa é que é a realidade. Seu filho vem para cá, faltando todas as estruturas, e ai somos descriminados como um bairro violento, que hoje não é verdade.
Antigamente os moradores não podiam dar o endereço daqui, pois não conseguiam o emprego, e hoje a realidade não é essa.

Mas o governo que está hoje, o PSDB há mais de 20 anos no poder, a vida inteira, não lembra dessas coisas.
O povo não veio para cá, porque queria, veio por que foi obrigado, segregado pra cá.

Precisamos de um governo que invista na infra-estrutura, transporte, educação, saúde e habitação para melhorar a vida do povo da Cidade Tiradentes. E ao invés disso, estão construindo grandes edifícios para trazer mais gente para cá. Como aqueles que estão sendo feitos ao lado da Paróquia Senhor Santo Cristo na Rua dos Têxteis.

E se constroem mais prédios tem que melhorar o transporte.

Quem é o culpado pelo povo estar ocupando áreas como Sete Cruz e Vila Iolanda?
É o povo que está lá desmatando ou o poder, o governo do estado que não está fiscalizando direito?
O governo que não está fazendo um trabalho correto como devia ser feito.

Não tem espaço vazio, se o governo não administra. O governo não está dando sustentação para aquela população na Vila Iolanda e então aquela área muito grande está ocupada. O Governo não se interessou em chegar lá, desapropriar e regularizar pro pessoal morar, ele não tem feito isso, se fizesse isso seria evitado.

Mas se elege um prefeito que em momento nenhum investe em dar uma educação ambiental para esse pessoal, não tem esse investimento, então o pessoal chegou e ocupou aquela área e agora é que vai regularizar.
Não é porque o governo é bonzinho, vai fazer porque entraram na justiça e a justiça obrigou.
 
Avenida dos Metalurgicos era sempre alagada quando chovia.. foto de Milton Roberto

Onde tem ser humano, tem que haver infra-estrutura para que cheguem lá ambulâncias, corpo de bombeiros, gás, enfim, a estrutura suficiente para passar o pessoal.

Se alguém adoece tem que carregar nas costas para levar para o hospital, e chegando lá é barrado porque não tem médico, não tem estrutura para atender o pessoal da região. Um hospital tão lindo e maravilhoso que a Prefeita Marta construiu.
A questão humana dele é um absurdo, 8, 14, 16 horas esperando para passar num médico. Isso para nós é muito difícil, e tudo isso é causado pela falta de administração.

Parece que até o fim de ano vão começar a mexer com essa região de Vila Iolanda.

ocupação na Vila Yolanda em foto de Milton Roberto.
Boa parte das famílias que moram nas favelas daqui é porque não tem outros recursos. A favela tem que ser urbanizada, um governo que chegue e invista. Temos um exemplo no governo da Luiza Erundina e no governo da Marta que urbanizou várias favelas e a coisa ficou numa situação melhor.

Quando o Paulo Maluf desapropriou a favela da Água Espraiada e jogou todos num barracão no Setor G ficou aquele favelão. O governo da Marta foi lá e construiu as casas populares, são sobradinhos grandes, tudo bem organizado e os moradores são felizes lá, valorizados.
Essa é a diferença que um bom governo faz, é uma obrigação urbanizar onde der, achar um lugar para instalar esse pessoal e investir na infra-estrutura. Uma coisa tem a ver com a outra.

Esse é o grande pecado do governo. Tem que investir na moradia mas com dignidade.
O governo fala que naquele local não pode, mas não faz nada para impedir, e impedir não é descer o cacete, é dando alternativa, opção. E dinheiro tem.

Quando o Roberto Gouveia era deputado, fez uma lei aqui pro estado que dizia que toda a arrecadação do PIB, 10% seria destinado a investimento em moradia.

Outra questão que quero deixar registrado é o caos na saúde e também a falta de emprego na região. Temos uma área reservada para pequenas indústrias que não sejam poluidoras. Em 1992 foi feito um levantamento que dizia que geraria 70 mil novos empregos.
Fizemos uma pesquisa no Centro de Referência do Trabalhador lá na Mooca e foi levantado que para cada cinco pessoas que morriam de acidente de trânsito três eram no percurso longo para o trabalho.
Acontece que você fica muito tempo longe da família, não consegue estudar nem ter lazer, só vem para dormir. A Cidade Tiradentes ainda é um bairro dormitório.
Falta incentivo do governo para instalar indústrias aqui gerando emprego e melhorar a qualidade de vida.


Hoje a Cidade Tiradentes mudou muito, ela cresceu de uma forma muito grande, o censo deu 452 mil habitantes

Cidade Tiradentes só é lembrada em época de eleições porque tem muitos votos, aí sim os políticos vêm aqui para pedir e prometer, mas quando ganham e chega à hora de investir dizem – “Aquilo lá? Só dá prejuízo, não tem emprego, não tem estrutura nem indústria, só tem gente pedindo”.
E o povo aqui é que nem sardinha em lata, e poucas pessoas têm os olhos para cá.

Precisamos eleger pessoas comprometidas que tem responsabilidades e compromisso com o nosso fundão da zona leste, que apresente projetos na Câmara e na Assembléia.

Que os políticos olhem com bons olhos a Cidade Tiradentes, a maior COHAB da América Latina.

Espero que o povo mais uma vez dê o exemplo e vote certo nas pessoas que tem um comprometimento aqui.

José de matos.

Com o Boom do crescimento do Brasil os moradores estão reformando os prédios


Candidato do PT antecipa meta do programa de Governo para a habitação.
Fernando Haddad aponta a habitação, ao lado do transporte, como um problema agudo da capital. Para melhorar as condições de moradia na cidade, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo colocou metas ambiciosas em seu programa de Governo. Em quatro anos, a Prefeitura, sob o comando de Haddad, vai entregar 55 mil unidades habitacionais.
“É o dobro do que a gestão que mais construiu unidades já fez e o triplo do que a atual gestão fez em oito anos”, disse Haddad em comício na praça da República,.
Além das 55 mil moradias, 75 mil famílias serão beneficiadas pelo programa de urbanização de favelas e outras 200 mil com regularização fundiária.
Grande parte das moradias será construída no centro da cidade. “Morar no Centro é uma bênção. A região tem infraestrutura e emprego. O cidadão vai poder ter qualidade de vida morando aqui”, afirmou o candidato do PT.
Para atingir esta meta, uma das estratégias é explorar comercialmente o subsolo, o térreo e a sobreloja dos edifícios. "É isso que vai financiar a desapropriação do terreno. Não haverá necessidade em grandes investimentos”, comentou Haddad.

O professor tem que ter uma preparação para uma nova realidade na questão da educação.


EDUCAÇÃO

O professor tem que ter uma preparação para uma nova realidade na questão da educação.

Sou professor de matemática, tenho 24 anos de profissão, especializado pela PUC na  formação de  novos professores.
Sempre me atualizo fazendo cursos na USP e PUC.

O Professor tem que ser preparado para receber diversos tipos de  alunos. Criar condições, e até entendê-lo para tentar resgatá-lo.
Tenho percebido que a matemática precisa mudar a forma de ensinar e a gente não está conseguindo fazer isso, porque não existe uma política de progressão continuada, e sim uma promoção automática.

A partir do momento que não há cumplicidade no ensino e aprendizado, tanto do professor, que vai buscar informações novas para compartilhar na sala de aula, como do aluno ter a cumplicidade de aprender, e os pais de cobrar em casa, o pai aprender junto, também se atualizar.
E como a gente vive numa cidade que é um bairro dormitório, os pais mal têm tempo de dar atenção aos filhos. Então nós temos muitas dificuldades. Não temos a família.
Aí o professor acaba sendo o pai, o amigo, o irmão.

O professor tinha que ter uma dedicação exclusiva para o aluno. Para ouvir esse aluno.
Foto: Maria Amélia Portugal

Diante desse quadro e de direções não democráticas, que eu sou a favor de uma gestão democrática, um conselho democrático, resolvi sair da Cidade Tiradentes. Fui para uma escola em outra região e constatei que a política era a mesma.

Estou chegando a conclusão que é uma questão administrativa, também municipal.

Eu pedi remoção para uma EMEFEM que é uma escola de ensino médio, tentando dar aula, ensinar pelo menos o conteúdo do que se ensina no ensino fundamental. Os alunos apresentam uma dificuldade porque foram aprovados automaticamente.

Existe uma política que quando o aluno está muito tempo na mesma série ele é requalificado. Tenho alunos que estavam na sétima série e foram parar no primeiro colegial, e tem alunos que foram pro terceiro colegial.
 Alunos LA (liberdade assistida) que estão dando trabalho dentro das escolas e não querem aprender,  resolvem classifica-lo para o 3º ano, para se livrar dele.

Vejo que a escola está deixando de fazer seu papel. Em vez de ser um lugar que a pessoa vai aprender, virou um campo de batalha.

Todos os dias eu saio de lá cabisbaixo. Quando encosto minha cabeça no travesseiro fico assim pensando, será que fiz o meu trabalho? Será que ganhei o meu dinheiro fácil?

Eu ouço muito falar sobre corrupção, mas eu acho que se eu não denunciasse isso, eu estaria sendo corrupto. Tão corrupto quanto outras pessoas, eu até fico emocionado com isso, porque eu tenho um grande zelo pelo povo da Cidade Tiradentes.
Quando eu vim morar aqui em 82, começamos uma luta para baixar as prestações.
Sou um dos moradores que lutou para termos uma prestação mais baixa, e eu vim aqui para morar, trabalhar, ajudar o povo e viver bem.

Olho pros meus alunos e vejo que ali tem médicos, engenheiros, advogados, vereadores e grandes lideranças que nós estamos matando a cada dia.

Cheguei ao ponto que esse ano deposíto muita esperança na mudança da gestão desse governo, e espero que a gente consiga retomar, colocar em prática tudo aquilo que nós começamos há um tempo atrás. Fui assessor do coordenador de educação da região, conheço todos os equipamentos, conheço diretores, sei da prática de muitos, e lembro que na nossa gestão a gente colaborava, ouvia, as vezes não resolvia tudo, mas a gente tinha muita vontade de conquistar.
Ai eu cheguei a conclusão que se a coisa continuar como está eu vou pedir exoneração, eu não quero mais ser professor dessa prefeitura porque é um massacre, a gente vê muita coisa, muito desperdício de recursos.

A gente levanta para trabalhar falando “Meus Deus, o que vou fazer hoje lá?”
Não sabe, você é uma pessoa improdutiva. Eu não posso virar as costas porque ali poderia estar meu filho, minha filha, que também foi vítima de uma escola pública que aprovava automaticamente, mas ainda bem que elas tiveram uma consciência de estudar,  e tem uma que relata pra mim “Pai, agora estou aprendendo as coisas, estou na faculdade, estou me alfabetizando.”
Então eu olho pra essas crianças hoje, esses adolescentes e vejo assim, eu não consigo enxergar uma perspectiva neles, e isso me entristece muito, eu tive até que tomar remédio para depressão, fui fazer terapia lá no Servidor Público Municipal.

Quando olho pro meu colega readaptado e vejo ele com grande potencial pra ensinar e estão lá furando papel, trabalhando na secretaria  da escola. Isso me entristece.
E quando vejo certas atitudes nesse governo atual de jogar toda a culpa em cima do professor, “nunca está pronto, nunca está legal, sempre precisa aprender alguma coisa”. É um assédio moral, o tempo todo mostrando que o professor é que é incompetente e na verdade quem são incompetentes são eles que não sabem administrar, não sabem ouvir a população.

A escola está estagnada. Mas na minha avaliação,  que sempre tem que estar avaliando, isso tem um propósito: Eu acredito que vai haver  uma privatização, mas não uma privatização como tem acontecido, vai ser uma privatização por dentro.

A educação tem muito dinheiro e eu creio que o Etapa, o Objetivo, o Positivo, essas empresas de educação, vão querer entrar nas escolas, então vai ser uma privatização por dentro, vão manter os professores, eles viram um mero dador de aula.
Então todo esse sucateamento da educação que tem acontecido, é proposital para privatização, e acredito que é possível a gente resgatar isso com a ajuda da população, e de quem acredita no nosso trabalho.

O professor não é nada disso que estão falando.
Tem uma política aí que diz: “Vamos premiar os professores, a escola que tem o melhor rendimento”. Eu não acredito que o professor é premiado porque ele é um mercenário, ele quer dinheiro, não, a escola pode ter o melhor resultado porque o professor se empenhou para ter, e os alunos também.
Acredito numa escola onde haja cumplicidade entre professor, aluno e uma gestão democrática.

Reportagem da Folha divulgou os resultados de uma pesquisa que aponta falta de professores em 32% das escolas estaduais de São Paulo, principalmente nas áreas de arte, geografia, sociologia e matemática. Mesmo com a convocação de professores temporários que sequer fizeram o exame de avaliação, o problema persiste e muitos alunos já encerraram o primeiro bimestre sem ter aulas em determinadas disciplinas.
“Por meio de nota oficial, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo afirmou que o levantamento feito pela Folha é “enganoso” e não reflete a realidade sobre o quadro de docentes. De qualquer forma, para aprimorar a rede, disse a pasta, será aberto novo concurso público no próximo semestre.”
Quem é da rede estadual sabe que esses dados não estão distantes da realidade. É cada vez menor o número de docentes disponíveis e até mesmo nos vestibulares já percebemos o desinteresse dos estudantes por cursos de licenciatura.


O SAMU


O SAMU
Pedimos um SAMU para  Cidade Tiradentes, tem que ter uma base, um ambulatório de suporte avançado, com um médico, uma UTI.
Precisamos conversar com o pessoal da SABESP para ver se cedem aquele espaço ao lado do Corpo de Bombeiros.
Encaminhamos um documento e não obtivemos resposta.
A unidade de suporte avançado da Cidade Tiradentes está em São Mateus, a que estava no corpo de bombeiros da Av. dos Metalúrgicos está no Juscelino.
Cidade Tiradentes não tem e temos direito.
Quando um cidadão tem um mal súbito tem que ligar para o resgate.
O SAMU é para atendimento em acidentes de grandes proporções e com transeuntes.


Falta de leitos deixa paciente em média sete dias internado em PS em Cidade Tiradentes



Falta de leitos deixa paciente em média sete dias internado em PS
Pacientes ficam internados 7,4 dias em média no pronto-socorro do Hospital Municipal Cidade Tiradentes (zona leste), onde deveriam permanecer por, no máximo, 24 horas, como recomenda o Ministério da Saúde. É o que diz relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município).


A informação consta de documento, divulgado no dia 2 agosto 12, em que o órgão aprova as contas de 2011 da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Nele, o TCM recomenda "a ampliação de leitos na região".


Inaugurado há cinco anos, o hospital é gerenciado pela OSS (Organização Social de Saúde) Santa Marcelina.


"Isso ocorre porque há poucos leitos na cidade. Na prática, esse paciente que fica no pronto-socorro fecha a vaga de alguém que está precisando", diz o promotor Arthur Pinto Filho.


Segundo Mauricio Faria, conselheiro do TCM, a auditoria verificou que há uma situação de "hospitalização informal".


"A solução é haver um sistema de regulação que faça com que esses pacientes sejam encaminhados para leitos que deveriam existir na região", diz.


Faria afirma que a recomendação do TCM não tem força de decisão judicial, e sim um caráter de orientação.

Almeida Rocha/Folhapress

Pacientes e familiares no pronto-socorro do Hospital Cidade Tiradentes, na zona leste de SP

09/08/2012

Falta de leitos deixa paciente internado em pronto-socorro


Léo Arcoverde e Rafael Italiani
do Agora


Pacientes ficam internados 7,4 dias em média no pronto-socorro do Hospital Municipal Cidade Tiradentes (zona leste), onde deveriam permanecer por, no máximo, 24 horas --como recomenda o Ministério da Saúde.

É o que diz relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município).

A informação consta do documento, divulgado no dia 2, em que o órgão aprova as contas de 2011 da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).


Nele, o TCM recomenda que a permanência dos pacientes no pronto-socorro de Cidade Tiradentes não exceda 24 horas "com a ampliação de leitos na região".


Inaugurado há cinco anos, o hospital é gerenciado pela OSS (Organização Social de Saúde) Santa Marcelina.

Resposta

A Secretaria Municipal da Saúde disse que o Hospital Municipal Cidade Tiradentes criou, no início deste ano, um setor para gerenciar e leitos e, assim, ajudar a diminuir a média de permanência dos pacientes no pronto-socorro.


Segundo a pasta, o hospital passou a ter acesso a um sistema de solicitação de exames e avaliações, que reduziu o tempo de internação dos pacientes.

De acordo com a pasta, o TCM informou errado em seu relatório que a média de internação foi de 7,4 dias. O número correto, diz, é 4,7 dias. A reportagem, porém, teve acesso ao documento, que indica 7,4. A Santa Marcelina não se pronunciou.


A pasta disse que o primo de Juliana Gonçalves de Sousa está com infecção urinária, recebendo o tratamento para o quadro na enfermaria.


Segundo a secretaria, o pai de Letícia Teles dos Santos tem problema cardíaco e continua internado por falha no marca-passo.(LA e RI)
Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta, 9 de agosto, nas bancas

VAMOS CONHECER COMO FUNCIONA A SAÚDE NA CIDADE TIRADENTES


                                   Hospital Cidade Tiradentes – foto: Milton Roberto



VAMOS CONHECER COMO FUNCIONA A SAÚDE NA
CIDADE TIRADENTES

Como é a gestão dos AMAS Fazenda do Carmo e Castro Alves, vamos discutir o Pronto Atendimento Glória e o Hospital Cidade Tiradentes.

Eles fazem o mesmo serviço dentro do SUS, primeiro atendimento.
Os 4 estão sob a gestão da Organização Social Santa Marcelina
Eles não se comunicam.

Hoje nós temos três serviços que fazem a mesma função que o hospital.
Dois AMAS, o Pronto Atendimento Glória e o Pronto Socorro, e mesmo assim a emergência é falha, por falta de profissional.
Gostaria de entender como é feito o cálculo da produção das unidades.
Vamos colocar: A unidade de médico da família tem quatro equipes de profissionais, o quadro de médicos está completo, então a produção é X, eles tem que dar uma produção. Simplesmente são três médicos, fica um médico e a produção não cai, é a mesma. Como é que uma unidade com um médico só faz tudo isso?


Existe um maquiamento na saúde sobre esta questão.
Tem a questão da atenção básica que é primordial, que é assim: Os serviços não se falam, o hospital não fala com a unidade e assim vai. Só que a gestão é do Santa. Então não dá pra você passar no hospital numa emergência, o médico te encaminha para um radiologista, te dá uma guia, você é direcionado para uma unidade de saúde, fica numa fila de espera só para o médico te carimbar uma guia, colocar no sistema, ou seja, passou no hospital o SUS pagou, passou no posto o SUS pagou, então gera dupla passagem no sistema.
Então se o cidadão estiver com um problema grave, e até sair aquela especialidade já morreu.
Detectamos também que na Cidade Tiradentes as patologias estão aumentando. É o cardíaco, AVC e o Câncer, está muito alto. Se está tendo aumento na patologia a atenção básica não está funcionando.

A saúde está muito aquém do que deve ser feito.

Qual foi o discurso do Kassab e do Serra? – “Vamos entregar a gestão para a OS Santa Marcelina para ser mais dinâmico", pegou Itaim, Cidade Tiradentes e Guaianases como modelo e deu tudo para o Santa Marcelina, tanto não deu certo que eles não expandiram para o resto da cidade e com um grande agravante, o Santa Marcelina não é transparente na prestação de contas, nós não sabemos como é gasto o dinheiro da saúde na Cidade Tiradentes.
A política do governo do estado tem que enviar tudo para a OS, aquilo que está na nossa gestão vamos sucatear para que a própria população comece a falar mal, não valorizar o profissional.
O Hospital Geral de Guaianases está na mão do Estado, o Hospital de São Mateus também. O Planalto está fechado. Essa população está sem referência de atendimento, então estão sendo direcionados para a Cidade Tiradentes. Sexta, sábado, domingo, segunda, quando chegam lá não tem médico. Tem até uma listagem dizendo onde tem médico.

                               A única unidade que está funcionando é o Cidade Tiradentes.


Só que está super lotado. O SAMU e o bombeiro quando entram na regulação, eles direcionam pra cá, quando chegam eles tem que usar uma maca e enquanto não conseguem um leito para aquele paciente, aquela maca não é liberada, nas emergências que vem, eles seguram as macas.

Guaianases e São Mateus não estão fazendo o dever de casa ou seja eles não estão atendendo a sua população, está vindo tudo para cá e a população da Cidade Tiradentes não está usando o hospital, usam o Glória e os dois AMAS.

Ai eu digo: - A culpa é de quem? É culpa da OS Santa Marcelina.

Se o Ministério da Saúde fala que se o cidadão foi acolhido no hospital e se for o caso internação em 24 horas. O Santa Marcelina tem que encontrar na rede, na regulação, um leito para esse cidadão, o Santa tem que responder. Então não recebe, direciona, estamos no limite, então não dá mais.
Porque é assim.
Quando a Secretaria ou a Mídia pressionam, elas lembram que tem população e quando passa a tempestade esquecem da população.
Nós fomos chamados para uma reunião e quando pedimos documentos dizem que tudo bem, e aí quando esfria o caso, “documentos? Peçam por escrito”. E eles que pediram uma reunião conosco.









Até hoje nós discutimos a formação do Conselho de Saúde do hospital, que é uma briga nossa, porque não tem um conselho gestor no hospital, o que evitaria que muitas coisas acontecessem. Estamos brigando desde a inauguração do hospital. Não existe controle social.  Já tivemos uma luta para que a lanchonete saísse dali de perto do banheiro, era uma coisa insalubre.
É um equipamento público, é cobrado estacionamento, e terceirizado, a lanchonete era terceirizada e numa conversa que tivemos com o José Antônio perguntamos dos valores arrecadados com o estacionamento e a lanchonete que eram revertidos para onde?
Pela melhoria do hospital? Nunca mostrou, não, fica tudo aqui, e não temos como buscar essas informações, na questão da gestão, do financeiro, não temos e agora fecharam o estacionamento em frente obrigando as pessoas a estacionarem nas ruas laterais onde fica mais longe o acesso para o hospital.

Eles não são transparentes nas informações. O nosso grande problema é que os funcionários não nos encara como parceiros, pela questão que as OS faz uma pressão direta sobre eles.
Por isso que está tendo muitos erros.
Teve caso aqui na CT que só porque o funcionário teve contato foi mandado embora. Não pode ter contato com alguém do movimento. Tem funcionário que é vizinho meu e não me dá bom dia por medo de perder o emprego, por causa da pressão, existe uma pressão, tem caso até de assédio moral, de prender o funcionário ou agente comunitário e dizer, é assim e assim de porta trancada.
Onde está o sindicato? É uma questão de sindicalismo.

O gerente hoje tem que ter produção, chegar ao fim de mês atingir tal meta, só, não importa a forma de atendimento. Se não tem médico o enfermeiro vai fazer papel de médico. Quem está fazendo o procedimento médico nas unidades são os enfermeiros.
Existe começo, meio e fim.

A OS hoje é um câncer na saúde.

Na quarta feira passada uma senhora passou mal na região dos Ferroviários, foi solicitado o SAMU, que não compareceu.
Cinco horas depois a equipe de divulgação da candidatura de Senival Moura que estava na rua prestou o socorro levando de Kombi a senhora que pesava 210 quilos para o Hospital Cidade Tiradentes.













Ao chegar, depararam com uma fila de SAMUs estacionado e não entenderam o porquê de tantas viaturas paradas e a população precisando de socorro, e narram que ao pedir a ajuda de um dos funcionários das viaturas para tirar a senhora obesa da Kombi o mesmo recusou-se dizendo que não podia.

O papel do Glória hoje é de coadjuvante, tem médico, não falta médico no Glória.


                               Pronto Atendimento Glória – foto: Maria Amélia Portugal

A Organização Mundial de Saúde fala que qualquer cidadão que passa por um procedimento de consulta tem que estar com o médico por 20 minutos para avaliação, isto é garantido por lei pela OMS.
No Glória presenciei a seguinte prática: abre-se ficha e aguarda-se horas para ser chamado, depois chamam um lote de pessoas que aguardam sentados no corredor, então começa o atendimento, o ortopedista em 28 minutos atendeu 42 pessoas, é só entrar lá e sair, não pede um raio x. Isso não é saúde, não a que nós queremos. A pessoa está com dor e o médico fala que a pessoa não tem nada.
É o Glória como coadjuvante mostrando que está cumprindo a meta de atendimento à população.
Defendo que o Glória seja um Centro de Especialidades.
Fizemos três atos e houve um encaminhamento e prometeram que em junho passado seriam inaugurados 10 consultórios no Inácio Monteiro, estava tudo ok e o Wagner falou que já tinha verba e espaço. E agora em uma reunião da Supervisão falou que não vai ter mais, porque não tem mais verba, tinha e agora não tem.

Uma população de mais de 300 mil habitantes não tem um centro de especialidades, e pessoas tem que ir pro Butantã, é desumano. Nós não temos referência de oncologia, geriatria, ginecologia, não temos nefrologia. Hoje nós temos uma rede que só faz o primeiro atendimento, ainda a Casa Ser deixou de atender, tem uma médica só no sábado e só atendem os que já estavam cadastrados não pegam casos novos. Vários bairros gostariam de ter uma Casa Ser que discute sexualidade precoce, sexualidade infantil, estupro, tinha uma equipe multidisciplinar, psicólogo, psiquiatra, ginecologista e oficinas, e aí o que aconteceu?

Só tem duas unidades que não estão sob a gestão das Organizações Sociais: CTA e Casa Ser.
 O CTA discute a questão das doenças sexualmente transmissíveis e distribui preservativos (camisa de Vênus), então a OS Santa Marcelina segue os preceitos da Igreja Católica e é contra. A Casa Ser discute a reprodução In Vitro, o Santa também não pegou por causa da questão religiosa.
A Secretaria, já que o Santa não quer, resolve sucatear, então estes dois serviços estão sucateados.
Tinham um grande atendimento, agora não temos referência, a Casa Ser tinha um projeto que precisava ser contínuo para dar bons resultados e não como pronto atendimento.
Temos que discutir a questão da OS Santa Marcelina na Cidade Tiradentes, na questão do centro de especialidades que o Kassab prometeu.

Estamos querendo trazer uma UBS para Santa Etelvina, só temos 16.

Veja a defasagem: Pela OMS estamos atendendo uma para cada 20 mil habitantes, temos que ter uma referência de saúde, temos mais de 350.000. habitantes.


Essa reportagem que saiu no Jornal Agora não é um caso isolado porque essa questão do rapaz de 22 anos que faleceu foi a família que chamou a reportagem.

Ele entrou com uma pequena infecção urinária, o médico deu medicação e pediu que ele ficasse internado 2 dias para cuidar da infecção a base de antibióticos. Ficou 8 dias no pronto socorro. Ele morreu de assepsia, infecção generalizada dentro do pronto socorro.

Tem um foco de infecção hospitalar e não é caso isolado, já teve outros óbitos.
O diretor clínico Dr. Edmilson falou que havia um foco de H1N1 gripe A no hospital.

A OS que menos paga é o Santa Marcelina.

No Santa Marcelina  o ambiente é insalubre, na questão salarial é a pior OS, a que menos paga no Estado, com o mesmo dinheiro, com o mesmo contrato.
Os funcionários não podem se aproximar muito da população por correr risco de perder o emprego e tem a questão da falta de profissionais, principalmente médico.
Antes os médicos não queriam vir por que era muito violento e agora não querem vir alegando ser distante.
O Ministério da Saúde coloca que um cidadão recebido numa emergência, aquele hospital que não tiver leito para internar tem 24 horas para, na rede, na regulação encontrar um leito e o Santa Marcelina nessa parte está pecando, nos hospitais existem leitos vazios, só não existe a vontade política de negociar com o estado.

Nas unidades que tinham médico os salários eram de R$11 mil e poucos reais, o Kassab fez um incentivo e a secretaria autorizou a contratar novos médicos a R$13.600.
Como é que o médico da família vai vir ganhando R$13.600,00 se aquele que está lá ganha R$11.000? Então fizeram um movimento e os médicos pararam, deram um tiro no pé. Além dos médicos que vieram e não ficaram, mesmo com este aumento, os que estavam aqui se sentiram traídos e foram embora.

A Secretaria  Municipal de Saúde faz também um terrorismo em cima das irmãs.
O contrato da OS com a secretaria foi feito por 5 anos e não houve uma renovação e sim uma prorrogação para mais um ano.

A SPDM é outra OS que atende ainda pior. É da Escola Paulista de Medicina e estaria vindo para cá. O Einstein criou uma OS para o M’Boi Mirim.
Organização Social é igual em qualquer lugar, tem até o SECON que é uma cooperativa da construção civil que está cuidando da saúde.


Mostraram uma prestação de contas pra nós do RH do mês de junho passado e estava tudo uma maravilha, tem médico em todo lugar, só não no Prestes Maia. E quando fomos fazer um levantamento estavam todas as unidades faltando médico.
Como é que eles atingem a meta?
A Secretaria não multa e existe um contrato. Então eles maqueiam essa meta para não ser multado pela Secretaria.
Existem quatro Santa Marcelina, quatro CNPJs. São quatro contratos.
Se eu quiser pedir uma prestação de contas, tenho que pedir uma pro Glória, uma pro AMA, isso é uma forma de não ter transparência.
Você não conhece a questão do efetivo controle social, se você não conhece a gestão financeira.

Por Nilton – Membro do Conselho Popular de Saúde de Cidade Tiradentes.
Ademir Gomes – Conselheiro de Saúde, coordenador do Movimento Popular de Saúde e, ex coordenador do Conselho de Supervisão de Saúde.

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Jornal Cidade Tiradentes

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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?