sexta-feira, 7 de março de 2014

Parabens as mulheres especiais.por serem mulheres de verdade

Parabens as mulheres especiais.por serem mulheres de verdade
100 anos da grande escritora brasileira CAROLINA MARIA DE JESUS

"Os políticos sabem que eu sou poetisa. E que o poeta enfrenta a morte quando vê o seu povo oprimido. " - Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) foi uma escritora brasileira.

Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais, numa comunidade rural onde seus pais eram meeiros. Filha ilegítima de um homem que casado, foi tratada como pária durante toda a infância, e sua personalidade agressiva contribuiu para momentos difíceis pelos quais passou. Aos sete anos, a mãe de Carolina forçou-a a frequentar a escola depois que a esposa de um rico fazendeiro pagou as despesas dos estudos, para ela e para outras crianças pobres do bairro. Ela parou de frequentar a escola no segundo ano, mas aprendeu a ler e a escrever. Ela mal sabia na época que tais conhecimentos desempenhariam um papel muito importante na sua vida adulta.

A mãe de Carolina tinha dois filhos ilegítimos, o que ocasionou sua expulsão da Igreja Católica ainda era jovem. No entanto, ao longo da vida, ela foi uma católica devota, mesmo nunca tendo sido readmitida na congregação. Em seu diário, Carolina muitas vezes fez referências religiosas.

Em 1937, sua mãe morreu e ela se viu impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela saia todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas. Começou a escrever sobre seu dia-a-dia, sobre como era morar na favela. Isto aborrecia seus vizinhos, que não eram alfabetizados, e por isso se sentiam desconfortáveis por vê-la sempre escrevendo, ainda mais sobre eles.
Teve vários envolvimentos amorosos quando jovem, embora tenha se recusado a casar-se, por ter presenciado muitos casos de violência doméstica. Preferiu permanecer independente. Todos os seus três filhos eram de pais diferentes, sendo um deles um homem rico e branco. Em seu diário, ela detalha o cotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que via. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para assim conseguir comida para si e suas famílias.

HISTÓRICO

O Diário de Carolina Maria de Jesus foi publicado em agosto de 1960. Ela foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958. Dantas cobria a abertura de um pequeno parque municipal. Imediatamente após a cerimônia uma gangue de rua chegou e reivindicou a área, perseguindo as crianças. Dantas viu Carolina de pé na beira do local gritando "Saiam, ou eu vou colocar vocês no meu livro!" Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o para seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal. A história de Carolina "eletrizou a cidade" e, em 1960, Quarto de despejo, foi publicado.

A tiragem inicial de dez mil exemplares se esgotou em uma semana (a wikipédia estrangeira diz que foram trinta mil cópias vendidas nos primeiros três dias). Embora escrito na linguagem simples e deselegante de uma pessoa sem muita instrução, seu diário foi traduzido para treze idiomas e tornou-se um best-seller na América do Norte e na Europa. Mas não foram somente fama e publicidade que Carolina ganhou com a publicação de seu diário: despertou também o desprezo e a hostilidade de seus vizinhos. "Você escreveu coisas ruins sobre mim, você fez pior do que eu fiz", gritou um vizinho bêbado. Chamavam-a de prostituta negra, que havia se tornado rica por escrever sobre a favela, mas que recusou-se a compartilhar o dinheiro. Muitas pessoas jogavam pedras e penicos cheios nela e em seus filhos. A raiva dos vizinhos também teria sido motivada pela mudança de endereço de Carolina, para uma casa de tijolos nos subúrbios, o que foi possível com os ganhos iniciais da publicação de seu diário. "Vizinhos se juntaram ao redor do caminhão e não a deixavam partir.

A filha de Carolina, Vera, afirmou em entrevista que sua mãe aspirava se tornar cantora e atriz. Além do Quarto de despejo, Carolina escreveu também Casa de Alvenaria (1961), Pedaços de fome (1963), Provérbios (1963) e Diário de bitita (1982, póstumo). Carolina de Jesus morreu em 1977, aos 62 anos. -wikipedia

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