quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

UPA na Cidade Tiradentes nova Unidade de Pronto Atendimento

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População se prepara para a chegada de 13 novas Unidades de Pronto Atendimento



Com investimento de R$ 86 milhões, cada UPA deve obedecer a especificações do Ministério da Saúde, com atendimento médio de 450 pacientes por dia e abrangência de até 300 mil habitantes






Atualizado em 19/01/2014


Por Beatriz Prado e Keyla Santos com colaboração das CRS Sul, Leste e Sudeste




Após 10 meses do início do processo de busca por terreno, elaboração do projeto executivo e licitação, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deve dar início à construção de 13 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ainda no primeiro trimestre de 2015. Instaladas nas coordenadorias regionais de saúde (CRS) Sul, Sudeste, Norte e Leste, as UPAs prestam serviços de urgência e emergência e irão beneficiar 3,9 milhões de habitantes da capital.




A previsão é de que a conclusão das 13 obras ocorra no prazo de 12 meses. O investimento de R$ 86 milhões conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, no total de R$ 52 milhões. O Ministério da Saúde participará com repasse mensal de R$ 500 mil para custeio dos serviços prestados. O Plano de Metas do município prevê a entrega de 25 UPAS até dezembro de 2016. A primeira unidade foi inaugurada em abril de 2014, no bairro Campo Limpo.




As UPAs prestam serviços 24 horas por dia, sete dias por semana, para atendimento de urgências e emergências, como alteração de pressão arterial, fraturas, cortes, infartos, derrames e febres, com o objetivo de reduzir as filas de espera nos prontos-socorros dos hospitais. Ao procurar pelos serviços das UPAs o usuário contará com serviços de raio-X, eletrocardiografia, laboratório de exames, atendimento pediátrico e leitos de observação.




Com especificações técnicas de Porte III, as unidades terão área construída de 1.696 m² a 1.933 m². Na CRS Sul será instalada a UPA Parelheiros. A região Sudeste sediará as unidades Arthur Ribeiro Saboya (anexa ao hospital), Inácio Proença (Mooca) e Vila Mariana. A CRS Leste contará com as UPAs Glória Rodrigues Bonfim (Cidade Tiradentes), Ermelino Matarazzo, Waldomiro de Paula (Itaquera), Tito Lopes e Julio Tupy (Guaianases). A região Norte da cidade contará com os serviços das unidades City Jaraguá, José Soares Hungria (Pirituba), São Luiz Gonzaga (Jaçanã) e Perus.










'Será um ganho a UPA para a região'


Os moradores das regiões que receberão as UPAs também são protagonistas de histórias repletas de reivindicações, determinação e persistência. A chegada de mais serviços de saúde para as localidades mais afastadas e esquecidas pelas gestões anteriores traz esperança para os munícipes que sonham com atendimento de qualidade.


Segundo a moradora da Vila Americana (zona Leste) e conselheira gestora do Hospital Municipal Tide Setúbal, Firmina Lopes, em decorrência da alta demanda no hospital, a luta por melhoria da urgência/emergência vem desde 2000. “Será um ganho a UPA para a região”, disse.


A conselheira acrescentou ainda que a UPA 24 horas na avenida Pires do Rio, junto com a implantação do Hospital Dia São Miguel da Rede Hora Certa e UBS Cidade Nova (Sacolão) são investimentos importantes que devem melhorar o cenário da assistência à população.


Firmina destacou que há oito anos foi realizado um ato que saiu da Praça do Forró, passou pelo ambulatório e finalizou no hospital, em razão das condições precárias do serviço. “Os prefeitos anteriores prometeram construção de hospital nesse terreno, que foi apontado pelo Movimento de Saúde. Realizaram plenárias, trouxeram técnicos, mas a promessa nunca saiu do papel”, comparou.


Para a moradora do bairro Jabaquara desde 1957 (aproximadamente 58 anos) e membro do Conselho Gestor de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde (STS) Vila Mariana/Jabaquara, Terezinha Barros de Almeida a chegada da UPA Santa Catarina desafogará o Hospital Arthur Ribeiro de Saboya.




“A UPA Santa Catarina está em fase de inauguração e isso é muito bom. Só na região do Jabaquara há uns 220 mil habitantes e o Hospital Arthur Ribeiro de Saboya acaba atendendo todo mundo, inclusive o pessoal de regiões vizinhas como Cidade Ademar e Diadema. Tem áreas na região que são muito vulneráveis e carentes, além disso, há muitos idosos e adolescentes, muitas meninas que acabam engravidando. Mas, com a UPA, esse atendimento vai ser dividido e, mais pra frente, com o Hospital Santa Marina que terá maternidade o serviço ficará ainda melhor”, disse Terezinha.




Já para a médica que atua na região de Parelheiros há dez anos, Fernanda Nery, é possível perceber durante os atendimentos a grande expectativa pela chegada da UPA. “Parelheiros possui uma grande extensão territorial com características rurais e está em uma região afastada do centro da capital. Tem alta vulnerabilidade social, menor IDH do município e alto índice de necessidade de saúde. Não possui referências de urgência e emergência e de média complexidade. A implantação de um serviço com atendimento ágil, de qualidade e infraestrutura adequada, contando com a presença de profissionais capacitados e especializados para atender a estas demandas, irá garantir uma melhora na qualidade de atendimento desta região significativa”, afirmou Fernanda.






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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?