segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PSDB reage, mas não dá a Chalita vaga no Senado


Prestes a se filiar ao PSB, vereador é alvo de investidas dos tucanos para que fique

Clarissa Oliveira e Julia Duailibi
Prestes a deixar o PSDB, o vereador paulistano Gabriel Chalita foi alvo de investidas do partido para que fique na legenda. Os tucanos, no entanto, não ofereceram ao parlamentar a garantia de concorrer ao Senado pela sigla na eleição de 2010. Em almoço com o presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, Chalita afirmou que se sente atraído com a possibilidade de concorrer ao Senado pelo PSB. "Não tem como o partido dar essa garantia. Há outros nomes que querem disputar a vaga", declarou Lobo, após o encontro.

Padrinho político do vereador, o ex-governador Geraldo Alckmin procurou investir na tese de que a transferência para o PSB ainda não é certa. "Fiz um apelo para que ele fique no PSDB", disse o tucano.

Ontem, Chalita se reuniu em São Paulo com dirigentes do PT paulista a fim de colocar na mesa as alternativas para uma composição em 2010. No encontro, o vereador disse que está decidido a romper com o PSDB. Apesar de se sentir pressionado a permanecer no partido, Chalita não mantém boa relação com aliados de Serra. Disse aos petistas que vai conversar com corregilionários no final de semana, mas que poderá entregar sua carta de desfiliação até terça-feira.

A cúpula do PT avalia que, no PSB, Chalita reforça o palanque da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País. Ontem, houve reações no PT. Parlamentares ligados à ex-prefeita Marta Suplicy, que queriam vê-la em uma das vagas para o Senado, demonstraram apreensão com as conversas com o tucano.

Mas a preocupação maior é com o senador Aloizio Mercadante (SP). Se os planos da cúpula do PT derem certo, Chalita e Mercadante farão dobradinha na disputa para o Senado. Campeão de votos para a Câmara Municipal em 2008, Chalita tiraria do petista a chance de ter como companheiro de chapa um nome com menos exposição. Mercadante se limitou a negar que tivesse discutido com colegas de partido a possível ida de Chalita para o PSB. Mas, segundo petistas, o senador tomou conhecimento das negociações durante uma reunião ocorrida recentemente em Brasília.

Depois de um dia de reuniões, Chalita foi o anfitrião de uma festa de aniversário para dom Odilo Scherer em sua casa. Entre os convidados, petistas, como o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, dividiam espaço com tucanos como Alckmin, e com peemedebistas, como o presidente da Câmara, Michel Temer

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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?