Conheça um pouco da trajetória da Luislinda, primeira Desembargadora negra do TJ-BA.
Primeira juíza negra do Brasil
Aos 9 anos, a menina negra, de origem humilde, ouviu de um professor: “Se você não tem dinheiro para comprar o material escolar, pare de estudar e vá cozinhar feijoada na casa de branco”. Luislinda Valois deixou a sala de aula chorando, envergonhada. Valente, tomou coragem e retornou falando: “Não vou parar. Vou estudar para ser juíza e prender o senhor”.
O trauma infantil despertou o furor, que fez dessa soteropolitana, de 68 anos, uma profissional ávida por justiça. Primeira juíza negra e primeira profissional da área a proferir uma sentença contra o racismo no Brasil, Luislinda trabalhou no interior baiano até ser promovida, em 1993, para Salvador. Combater o racismo dentro e fora da magistratura e tornar a Justiça acessível a todos são seus desafios constantes.
Ela reativou dezenas de Juizados Especiais em municípios da Bahia e criou e instalou a Justiça Itinerante, sala de audiência dentro de um ônibus que atende os bairros carentes de Salvador e Feira de Santana, e o Juizado Itinerante Marítimo, que conduz profissionais até as ilhas da Bahia. Coordenou ainda o Balcão de Justiça e Cidadania e levou a lei às comunidades quilombolas e aos índios. Nas horas livres, Luislinda dá palestras em escolas públicas para que os jovens conheçam seus direitos e deveres.
O Programa Justiça, Escola e Cidadania, idealizado por ela, atingiu mais de 5 mil estudantes. Sua militância também se estende à escrita: publicou o livro O Negro no Século XXI, uma reflexão sobre a participação dos afrodescendentes na sociedade atual.
por Ascom/TJ-AL
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Primeira juíza negra do país lança livro sobre o negro no século XXI
O tom impessoal do livro O negro no século XXI é apenas uma opção estratégica. Escrito pela juíza baiana Luislinda Dias de Valois Santos, 67, reúne artigos sobre temas variados como cultura, educação, políticas públicas, justiça social e religião. Todos mediados pela experiência negra no país pós-escravidão.
Poderia ser a história da própria Luislinda, que teve avô escravo, pai motorneiro de bonde, cuidou dos irmãos menores quando a mãe morreu precocemente e só se formou advogada aos 39 anos. E era essa mesmo a intenção, quando ela começou a escrevê- lo.
Seria um desabafo diante de mais uma situação difícil: dois processos contra ela , já arquivados por falta de provas, no Tribunal de Justiça da Bahia. Isto foi no início desta década. “Não fiz pesquisas. Tudo que falo é por conhecimento de causa”, afirma Luislinda
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