sábado, 23 de junho de 2012

Carro elétrico e energia eólica portátil: Novidades ecológicas na Rio+20


Parque dos Atletas sedia os pavilhões de alguns dos países que participam da Conferência da ONU e atrai curiosos
Valmir Moratelli iG Rio de Janeiro 

Fabrizia Granatieri
O carro custa cerca de 200 mil reais




Está no pavilhão do Japão, no Parque dos Atletas, a novidade que mais tem atraído a atenção dos curiosos visitantes da Rio+20. É um carro, único exemplar em exibição no País, 100% elétrico. Igual a este modelo só se encontra no Japão, onde é fabricado em série, além de países como Estados Unidos, Canadá e Espanha.

O i-Miev está avaliado em R$ 200 mil. O valor um tanto salgado, entretanto, não afasta o público, que quer entrar para vê-lo bem de perto. O carro não possui escapamento, não polui e não faz barulho. Tem autonomia de até 180 km e baterias de íons de lítio, carregáveis em tomadas convencionais de 110v ou 220v.

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Hiromi Tanaka, gerente automotivo da empresa responsável pela fabricação do veículo, explica à reportagem do iG que, no Japão, já existem em vários pontos os chamados “Quick Chagers”, que seriam o equivalente a postos de gasolina convencionais. Só que, neste caso, são garagens para abastecimento elétrico dos carros. “Em meia hora já é suficiente para que se tenha a bateria totalmente completa de novo”, explica Tanaka.

Fabrizia Granatieri
Parece um ventilador, mas é um gerador de energia eólica domiciliar




Novos ares


Imagine então ter em casa sua própria usina eólica portátil. Pois , de novo, vem do Japão a novidade tecnológica pensada para um mundo mais sustentável. O gerador de energia tem menos de dois metros de altura e pesa cerca de 17 quilos. Parece um ventilador de pé, desses que se tem em lugares fechados e amplos. O chamado “airdolphin” custa, no Japão, U$ 5 mil. Gera 4KW, o suficiente para abastecer uma casa de médio porte, de dois quartos e sala. Sua velocidade chega a 60m/s.


“O problema é que é preciso uma subestação de energia também casa para distribuir o que for gerado com o vento. Isso sai bem mais caro. O gerador também tem que ser colocado em quintal que tenha vento de qualidade, não é para qualquer lugar”, explica a engenheira japonesa Saito Haruka.


Mas não vêm só de fora as novidades tecnológicas do mundo verde. É brasileiro o modelo de ônibus que pode tornar o sistema brasileiro de transporte por coletivos um dos mais limpos do mundo. Lançado pela Coppe/UFRJ, durante a Rio + 20, o chamado “H2+2” é um veículo híbrido movido a energia elétrica.


Esta energia é produzida por uma pilha alimentada com hidrogênio e pela regeneração da energia cinética. Pretende-se que o modelo, criado para substituir os ônibus convencionais a diesel, já comece a rodar na Copa 2014.

Fabrizia Granatieri
O ônibus híbrido já deve entrar em operação para a Copa de 2014




Soluções italianas


Para mostrar ao mundo suas ações em prol do desenvolvimento sustentável, a Itália participa da Rio+20 sob responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente do País. No estande, são apresentadas soluções e projetos de cunho ambiental de empresas e entidades italianas.


As alternativas sustentáveis podem ser vista de fora do pavilhão, em sua estrutura. Elaborada com material reciclado, a entrada do estande é toda feita de bambus, enquanto as paredes laterais possuem 56 células fotovoltaicas que, desenvolvidas pela empresa Enel Green Power, gera 50% da energia consumida no espaço. No chão, uma foto de satélite realizada pela empresa Telespazio da Floresta Amazônica pode ser visualizada em toda a extensão do estande, e totens produzidos com papelão contêm televisores que reproduzem vídeos com propostas ecológicas de diversas empresas.

Fabrizia Granatieri

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