terça-feira, 17 de janeiro de 2012

‘ONGs são instrumento para assaltar o Estado’, acusa FHC


http://centrodeestudosambientais.files.wordpress.com/2011/12/fhc.jpg?w=208&h=337O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) voltou a criticar na sexta-feira, durante sabatina do jornal Folha de São Paulo e do UOL, a falta de controle sobre convênios firmados com ONGs ou entidades de interesse social. Segundo ele, “descobriram as ONGs como instrumento para assaltar o Estado”. Depois, o ex-presidente tentou minimizar seu comentário, dizendo que não se deve criminalizar essas instituições. “O erro está no governo, ou nos governos. O problema são os convênios sem fiscalização. Não obedecem à lei nenhuma”, afirmou.
E as empresas, como as construtoras? E partidos políticos? Não são instrumentos para assaltar o Estado e, consequentemente todos nos?
Existem ONGs corruptas, sim. Mas não é possível generalizar. Pois não são todas. Não são a maioria e também não são corruptas em si mesmas. As ONGs estão no cenário do jogo do poder, onde a corrupção é um forte componente, se manifestando tanto no setor privado (geralmente o corruptor) como no público. Em todas as instituições, sem exceção.
Não existe uma homogeneidade de práxis entre as ONGs. Muitas ONGs são ”novas”, instituídas (ou transformadas) recentemente (mas não só), notadamente após o estímulo de uma lei sancionada pelo então Presidente FHC, em 1999, a qual criou as chamadas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Algumas ONGs (OSCIPs ou não) são braços de governos e partidos políticos e tantas outras são continuação de grandes empresas. Por isso, de fato, representam setores próprios e não um das ONGs. E nessas ONGs dissimuladas é que esta a corrupção em forma de dinheiro ou de política. E não em ONGs históricas do movimento ecológico, cuja formatação obedece a princípios de voluntariedade e construção de uma cidadania para todos, com respeito a todas as formas de vida.
As ONGs corruptas precisam ser identificadas e retiradas da vida pública, assim como os agentes políticos e os que agem em nome das empresas, tendo a corrupção como meio para concretizar seus objetivos, que não são de interesse coletivo e nem e tutela da Natureza.
Fonte: Jornal Agora e CEA

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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?