domingo, 13 de abril de 2014

Caminhada por PAZ contra a Violência em torno das unidades de saúde






Na Cidade Tiradentes, na AMA Castro Alves a caminhada para alertar, conscientizar e se apoderar da unidade de saúde que com grande esforço atende a população da região. Atualização de status De Lucy Mendonça Violência em torno das unidades de saúde preocupa servidores Diante das revelações na imprensa a respeito do crescimento da violência contra os servidores das unidades de saúde instaladas nas periferias da cidade de São Paulo, a Gazeta São Mateus reuniu para uma conversa alguns trabalhadores da área que estão alocados em unidades dentro dos três distritos de São Mateus. As informações procedem foi o que revelou o encontro. Como forma de preservar a integridade dos entrevistados e até blindá-los de eventuais reprimendas das chefias e das instâncias superiores optamos por omitir o nome dos presentes. A reportagem assegura, entretanto, que as fontes são confiáveis. Trabalhadores com muitos anos de trabalho nos AMAS dizem nunca terem experimentado uma insegurança tão grande como agora. As assistência médica ambulatorial AMAs tem como principal finalidade fazer o atendimento não agendado de pacientes portadores de doenças e agravos de baixa e média complexidade nas áreas de clínica médica, pediátrica e cirurgia geral ou ginecologia. Se necessário até fazer remoção para hospitais e segundo sua definição visa ampliar o acesso de pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo de pacientes para as UBS, Ambulatórios de Especialidades.

Como na maioria dos casos estão ao lado das unidades de saúde, às vezes a própria demanda se confunde. Trata-se da porta de entrada daquelas pequenas emergências que não vão para os prontos-socorros, dai dá para se prever que é um espaço de tensão e stress permanente. Nos AMAS , a exemplo de tantos outros é assim e por ali, confirmam os trabalhadores que os conflitos acontecem com maior frequência,são muitos destratados Nos postos de saúde ou unidades básicas de saúde; a porta de entrada para início de tratamento e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde a tensão também é grande,as fichas de atendimentos são poucas,marcação de consultas demora meses.


Nos postos de saúde as principais queixas dos trabalhadores administrativos, atendentes de enfermagem e profissionais afins diz respeito a demanda imensa, a baixa disponibilidade de horários para agendamento e defasagem de pessoal. Mais um catalisador das confusões quase que diárias entre trabalhadores dos equipamentos e usuários do serviço. Segundo depoimento dos servidores a má impressão sobre a situação está se generalizando. “Nunca sentimos um clima tão pesado quanto agora”, dizem as visitadoras domiciliares, secundadas pelas atendentes das unidades. “Está piorando. Está cada vez mais grave”, reiteram. Para eles a questão da ausência do Estado e da Segurança vai acabar inviabilizando a prestação do serviço de saúde do qual a maioria depende. Menor presença do Estado, maior presença dos bandidos, menor vontade dos profissionais, principalmente médicos e enfermeiros em trabalhar nos locais. “Dai a população vai procurar e não vai achar. E, às vezes, são os próprios familiares daquele bandido ou vândalo que está tocando o terror na região, alimentando um circulo vicioso lamentável”, afirma um experiente servidor. O assunto está na pauta dos trabalhadores de várias unidades que percebem que da forma que está não será possível prestar o serviço. Pensam em saídas coletivas e organizadas, mas tem clareza que a própria comunidade não comprometida com a bandidagem tem que tomar posição e essa é apenas uma possível: garantir a segurança das unidades e de seus profissionais se ainda quiserem contar com esse serviço. Da esfera superior da prefeitura e da área da segurança do governo do estado se espera medidas que possam controlar e impedir o crescimento desse verdadeiro ataque aos direitos fundamentais do trabalhador e da garantira do direito dos usuários da saúde. Vandalismo, agressões e até ameaça de sequestros Durante a conversa ficou claro que as unidades mais problemáticas no distrito de São Mateus estão no Jardim da Conquista I, II e III; do Rio Claro, do São Francisco e do Jardim das Laranjeiras. Entre uma unidade e outra prevalece o furto de automóveis, roubo das rodas dos carros dos funcionários, alguns assaltos, vandalismo no patrimônio dos funcionários e nas unidades e tentativas de sequestros relâmpagos, se misturam a discussões, ameaças constantes, agressões físicas e até ameaças de morte. Já se sabe da renúncia, pedido de remoção e até mesmo abandono de cargos por parte de servidores ameaçados até de morte. Em que condições um profissional desse pode trabalhar e dar um bom atendimento; se perguntam. Muitos servidores já estão afastados por problemas psiquiátricos. O fato é que, com algumas exceções, os servidores são pessoas envolvidas com a qualidade do atendimento e do serviço, fazendo o que podem diante das condições que dispõem. Mesmo assim, nem sempre são compreendidos pelos usuários que costumam se irritar com demoras ou ausência de médicos, remédios e recursos que necessitam, e descontam no primeiro que veem pela frente.
Abaixo assinado 
O que todos se perguntam, entretanto é onde estão as cabeças dessas pessoas que acham que agredir, vandalizar, dificultar a prestação de serviço no local é o caminho para resolver os problemas. Pelo contrário, sem consciência da sociedade, dos usuários e atitude da segurança e do poder público, a tendência é que ninguém se sujeite a trabalhar para atender gratuitamente a população que precisa de atendimento médicos nessas regiões. O que será depois, então? Algumas medidas deverão ser tomadas De imediato o que se sabe é que os conselheiros dos equipamentos vão pleitear que se instalem câmaras de segurança no entorno, por fora e por dentro das unidades. “Que seja rápido essas câmaras em funcionamento”, comentam. Vão pleitear também segurança através da GCM ou privada também. Se vão conseguir é outra questão. A situação é tão grave que as principais vítimas, os servidores públicos das unidades estão se mexendo. O mesmo se espera das comunidades e do poder público. Durante a conversa dois consensos: a necessidade de ampliar a operação delegada para toda região através do governo do Estado para melhorar o policiamento e a necessidade de outra operação saturação da Polícia Militar em toda região.



Nenhum comentário:

MultiColor Interatividade

Jornal Cidade Tiradentes

Jornal Cidade Tiradentes
Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?