terça-feira, 12 de agosto de 2014

UNIDADE MÓVEL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JÁ REALIZOU 2 MIL ATENDIMENTOS NA ZONA SUL

UNIDADE MÓVEL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER JÁ REALIZOU 2 MIL ATENDIMENTOS NA ZONA SUL

Ônibus do programa “Mulher, viver sem violência” iniciou hoje as atividades na região de Cidade Ademar e Pedreira. Em junho será a vez de M’Boi Mirim e Campo Limpo

A unidade móvel do programa “Mulher, viver sem violência” já completou 2 mil atendimentos e 39 encaminhamentos na zona sul de São Paulo. O ônibus, que já passou por Parelheiros e por Capela do Socorro, iniciou nesta terça-feira (20) suas atividades na região de Cidade Ademar. Até 29 de maio, o veículo oferecerá orientações e fará campanhas sobre os direitos das mulheres em seis pontos da subprefeitura. Em junho será a vez de M’Boi Mirim e Campo Limpo.

“Este é um equipamento itinerante de busca ativa das mulheres. Mesmo ficando bastante exposto, as mulheres têm tido coragem de denunciar os agressores, o que é muito importante. Na Capela do Socorro, duas mulheres foram encaminhadas para abrigamento, pois viviam situações mais graves, em que precisam ficar protegidas e incógnitas”, afirmou a secretária Denise Dau (Políticas para as Mulheres).

O equipamento instalado hoje na Praça do Acuri, no Jd. Pedreira, presta atendimento multidisciplinar a mulheres em risco de violência. Ao longo de uma semana, passará pelos bairros Pantanal, Jd. Apura, Jd. São Jorge, Vila Império e Jd. Mirim. O objetivo é fortalecer a implementação da Lei Maria da Penha nas áreas periféricas da cidade.

A líder comunitária Cleuza Maria Jesus Santos, 62 anos, conta que as mulheres da sua vizinhança, no Jd. São Jorge, estão entusiasmadas com a chegada do ônibus. “Ficamos sabendo diariamente de casos de violência. Queremos fazer um grupo com mulheres de todas as idades, aí uma vai orientando a outra. Aos poucos a gente muda a situação”, conta Cleuza.

Para a secretária Denise Dau, a presença do serviço também tem este papel de integrar as lideranças locais e a rede de atendimento. “A ida dos ônibus para os bairros tem servido para ter uma articulação melhor da rede de enfrentamento à violência. Há uma parceria com os conselhos regionais de assistência social, as unidades e agentes de saúde e outros serviços da região”, explica Denise.

O equipamento itinerante conta com uma equipe composta por assistente social, psicóloga e advogada. Além do acolhimento e das orientações, a equipe do ônibus organiza junto à comunidade rodas de conversa, palestras, oficinas, teatro e projeção de filmes com temas como violência, participação política, geração de emprego e renda. Juntamente com o ônibus, a Praça do Acuri recebe ainda uma unidade do programa CET no seu Bairro e um posto móvel de atendimento da subprefeitura.

Na Capela do Socorro, o ônibus ofereceu informações e orientações a 1,3 mil mulheres, além de encaminhar 22 atendidas para a defensoria pública, para inserção em programas sociais, para abrigamento ou para tratamentos de saúde. Em Parelheiros, primeiro bairro a receber o serviço itinerante, a equipe realizou 700 atendimentos e também 14 encaminhamentos.

ESTRUTURA
A unidade móvel possui duas salas de atendimento, netbooks com roteador e pontos de internet, impressoras multifuncionais (para digitalização de documentos e fotocópias), geradores de energia, ar condicionado, projetor externo para telão, toldo, 50 cadeiras, copa e banheiro. Está equipado ainda com instalações para a acessibilidade de pessoas com deficiência.

Cedido pelo governo federal, o ônibus deverá prestar atendimento em São Paulo e nas cidades de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Jandira, Osasco, Poá, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Taboão da Serra. A gestão de logística e o itinerário de circulação são de responsabilidade dos municípios.



Foto: Luiz Guadagnoli/ SECOM










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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?