sábado, 28 de dezembro de 2013

Monotrilho fica avariado após colisão durante teste em São Paulo


Composição chocou-se com estrutura de madeira usada na obra.
Metrô avalia que avaria foi 'mínima' e diz que será feito reparo imediato.

Do G1 São Paulo

Avaria causada na parte inferior da composição (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)

Avaria causada na parte inferior da composição (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)

Um trem da Linha 15-Prata chocou-se com um molde de madeira usado para acabamentos nas obras e ficou avariado durante testes realizados neste sexta-feira (27). O acidente aconteceu quando a composição deixava o Pátio Oratório, na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. A Linha 15 ligará o Ipiranga ao Hospital Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo

Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, trata-se do primeiro trem do monotrilho. "A composição raspou em um molde de madeira afixado para acabamento das obras civis, causando pequeno dano na primeira saia de proteção do primeiro carro do trem". A empresa afirmou ainda que trata-se de "avaria mínima" em um módulo substituível, e o problema será "prontamente reparado"

O teste realizado nesta sexta teve limitação da velocidade em 3 a 4 km/h. Os testes dinâmicos do trem serão constantes a partir do início de janeiro, segundo o Metrô.


A Linha 15-Prata do Metrô, quando concluída, terá 18 estações e 26,6 km de extensão. O primeiro trecho,

entre as estações Vila Prudente e Oratório, deverá ser colocado em operação no início de 2014.




Metrô realizou testes nesta sexta no trecho localizado na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)

Trem do monotrilho é apresentado dois meses antes de estreia em SP

Composição tem 86 metros de comprimento e pode levar mil passageiros.
Linha 15-Prata deve começar a operar no começo do ano que vem.
Paulo Toledo PizaDo G1 São Paulo



O governo de São Paulo apresentou nesta quarta-feira (30) o primeiro trem do monotrilho que irá circular na Linha 15-Prata do Metrô. A composição tem 86 metros de comprimento, é formada por sete carros e pode transportar mais de mil passageiros por viagem.

Os trens, que são fabricados em Hortolândia, no interior do estado, são feitos com ligas de alumínio e equipados com motores de imã refrigerados a água. Isso faz com que a máquina seja mais eficiente e potente do que composições com motores convencionais. “É de alta tecnologia. O maior monotrilho do mundo e o primeiro do Brasil”, disse o governador, Geraldo Alckmin, que visitou o trem.
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Assim como os trens da Linha 4-Amarela do Metrô, as composições do monotrilho não terão divisões entre os vagões. Os trens vão operar automaticamente, sem a necessidade de maquinista.

Linha 15
Prevista para começar a operar em janeiro do ano que vem, a Linha 15-Prata inicialmente vai funcionar apenas com duas estações: Vila Prudente (que fará integração com a Linha 2-Verde) e Oratório, na Zona Leste. Elas devem receber 13.300 passageiros por dia em seus 2,9 km de extensão.

Em janeiro também deve funcionar o Pátio Oratório. Com 90 km de área total, ele servirá para manobras, estacionamento e manutenção dos trens do monotrilho.

De acordo com o governo estadual a linha completa demanda investimento de R$ 6,4 bilhões. Do Ipiranga até o Hospital Cidade Tiradentes, terá 26,6 km de extensão, com 18 estações: além das já citadas Vila Prudente e Oratório, haverá Ipiranga (integrando com a Linha 10-Turquesa da CPTM), São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta, São Mateus, Iguatemi, Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer, Márcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes.

Inicialmente, a Linha 15 terá quatro composições atendendo as duas estações. Quanto estiver totalmente pronta, deverá operar com 54 trens.



Interior do trem do monotrilho não tem divisões entre os vagões (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)


Frente do trem do monotrilho (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

Sem canteiro para obras, monotrilho pode 'travar' via na Zona Leste de SP

Falta de canteiro central deverá praticamente fechar Av. Ragueb Chohfi.

Prefeitura diz querer esperar desapropriação, mas que Estado tem pressa.

Do G1 São Paulo


Avenida Ragueb Chohfi, que pode ser quase totalmente fechada porque não tem canteiro central para a instalação dos pilares do monotrilho. (Foto: Márcio Pinho/G1)

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Um impasse entre o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo na construção do monotrilho da Zona Leste, a linha 15-Prata, pode culminar no fechamento quase total de uma das principais vias da região, a Ragueb Chohfi.

A avenida serve de escoamento para boa parte dos 600 mil moradores que moram nos bairros daquela área da Zona Leste, como Cidade Tiradentes, e também é acesso de caminhões a rodovias. O problema é a falta de canteiro central para instalar os pilares do monotrilho, como já foi feito nas avenidas Sapopemba e Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo.

No trecho entre a Avenida Aricanduva e a Jacu-Pêssego, a Rageb Chohfi tem um pequeno canteiro com menos de meio metro de largura, onde não caberiam os pilares. Há partes sem canteiro algum, com apenas blocos amarelos, conhecidos como tartarugas, dividindo as pistas.

Segundo a Prefeitura, o governo do Estado constatou que as desapropriações necessárias para alargar a via e instalar o monotrilho demorariam pelo menos um ano a mais do que o previsto. Assim, pediu para iniciar as obras imediatamente. O governo do estado previu finalizar a obra do monotrilho até Cidade Tiradentes em 2016.

O Metrô diz que "continua em diálogo com a prefeitura de São Paulo e com o Governo do Estado em busca da melhor solução", mas destacou que a responsabilidade é da administração municipal. "Cabe à prefeitura a decisão sobre as formas de minimizar os impactos da obra sobre o trânsito local", disse.

Três das quatro faixas de rolamento devem ser fechadas caso as obras realmente comecem agora, antes das desapropriações, segundo a Prefeitura. O trânsito seria desviado para as ruas do entorno, que são estreitas e que teriam que passar por adaptações para suportar o peso de ônibus e caminhões e o grande fluxo de veículos.

O nó no trânsito será grande também em razão da a Ragueb Chohfi ter hoje uma faixa exclusiva de ônibus do corredor Aricanduva. “Não há alternativa de outra via que possa ser utilizada como opção”, afirma a Secretaria de Transportes do município.

O governo municipal não tem a mesma pressa do governo do Estado e quer a construção do monotrilho aconteça de forma simultânea às desapropriações que devem ser feitas conjuntamente pela Prefeitura. Isso porque o governo municipal vai construir um corredor de ônibus no local, a Perimetral Itaim.

O prefeito Fernando Haddad (PT) visitou o local e sugeriu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) manter o plano inicial de desapropriação conjunta sem a necessidade do desvio. “É um nó que nós vamos ter que desatar juntos”, afirmou Haddad no início de agosto.

Eneida Dourado, que não quer deixar o comércio

que tem há 40 anos (Foto: Márcio Pinho/G1)

Desapropriações

O monotrilho da Zona Leste é uma das principais ações para o transporte público para a população da Zona Leste. O elevado vai ligar a Estação Ipiranga, da Linha 10-Turquesa, que liga o ABC ao Centro, passando pela Estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde, pelo Terminal São Mateus e chegando à região de Cidade Tiradentes. O monotrilho terá 26,6 km e 18 estações elevadas.

O Metrô diz que a primeira etapa da Linha 15-Prata vai beneficiar mais de 13.300 usuários diariamente." O primeiro trecho a ser entregue será entre as estações Vila Prudente e Oratório, com 2,9 quilômetros de extensão e sua entrega está prevista para janeiro de 2014. A Linha 15 completa, quando pronta em 2016, ligará Ipiranga à Cidade Tiradentes, passando por São Mateus, terá 18 estações, 25,8 km de vias elevadas e atenderá cerca de 500 mil passageiros por dia, em média", informou em nota.

No total, já foi determinada a desapropriação de 159 imóveis. No último decreto do governo estadual de abril, vários imóveis na região da Ragueb Chohfi estavam listados, totalizando pelo menos 7,7 mil metros quadrados, cerca de um campo de futebol.

No local, os moradores e comerciantes estão apreensivos com a chegada do monotrilho. Temem que a obra seja realizada da forma proposta pelo governo do Estado, com interdição quase total. “O comércio morre se isso acontecer. O fluxo de pessoas vai despencar”, afirma Márcio Tavares, dono de uma loja de roupas na Ragueb Chohfi, recebeu uma carta do Metrô em abril falando sobre a desapropriação do imóvel e contra que técnicas já foram várias vezes até o imóvel fazer medições. Ele é locatário e teme sair com “uma mão na frente e outra atrás” do local, já que o proprietário do imóvel receberia o dinheiro da desapropriação. Márcio investiu 20 mil no comércio há cerca de um ano.

A dona de uma loja de doces, Eneida Dourado, de 66 anos, lamenta a iminente saída da avenida onde tem seu comércio há 40 anos. “Aqui era tudo chácara quando eu comprei”, afirma. A comerciante já participou de uma reunião com outros comerciantes locais que querem propor uma alternativa aos governos estadual e municipal de mudar o trajeto, optando por instalar o monotrilho perto da Ragueb Chohfi, em uma faixa ocupada hoje por uma favela irregular. Para o morador Aquicasu Coiqui, de 72 anos, a obra não pode afetar um dos lados positivos da região, a variedade de comércio. “Aqui tem banco, mercado, lojas de todo tipo. Não gostaria de perder isso”, disse.

Muitos moradores das proximidades que não terão seus imóveis desapropriados comemoram a instalação do monotrilho. A costureira Maria Rodrigues, de 45 anos, afirma que vai facilitar transitar pela cidade. “Hoje se perde 2 horas para sair daqui e chegar ao centro. Vai melhorar”, afirmou.



Coluna onde materiais foram incendiados por
morador de rua. Houve também pichação
(Foto: Márcio Pinho/G1)
Monotrilho

O monotrilho da Zona Leste já tem algumas estações com as obras bastante avançadas, caso da Vila Prudente e Oratório.

Os pilares já foram instalados em quase toda a extensão das avenidas Sapopemba e Luís Ignácio de Anhaia. Nesta última, alguns dos pilares já estão pichados. O G1 constatou que um deles, na altura da Rua José Antônio Fontes, no Jardim Guiomar, já está todo marcado por marcas de fogo. Segundo comerciantes locais, aquele trecho do canteiro central da Avenida Luís Ignácio de Anhaia Melo é local de desova de materiais, que acabam sendo queimados por moradores de rua.

Na Ragueb Chohfi, as estruturas já estão montadas entre o Terminal São Mateus e a Avenida Aricanduva. Após esse trecho, tem início a parte sem canteiro. O monotrilho passará ainda pela Estrada do Iguatemi e as regiões das avenidas Souza Ramos e dos Metalúrgicos.

Se for confirmada a previsão de Alckmin de finalizar a linha em 2016, ela ficará pronta quase 20 anos após seu início. As obras do “Expresso Tiradentes” foram iniciadas pelo ex-prefeito Celso Pitta em 2007, quando o projeto ficou conhecido como “Fura-Fila”. Pouco do que havia sido projetado foi feito na gestão Pitta, no entanto. E, em vez de chegar até Cidade Tiradentes, o projeto acabou ligando o Parque Dom Pedro e a Estação Sacomã, e é hoje atendido por ônibus em uma via elevada.

O projeto foi modificado em conjunto pelas gestão do então governador José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) em 2007. Optou-se pelo modelo do monotrilho para dar continuidade à linha. A gestão Serra chegou a prever que o projeto estaria totalmente pronto em 2012, o que não ocorreu.


Pilares instalados na Avenida Professor Luiz Inácio de Anhaia Melo (Foto: Márcio Pinho/G1)

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